domingo, novembro 30, 2014

Denúncias põem em xeque concursos

    Falcatruas em seleções de pessoal organizadas por órgãos estaduais e municipais são numerosas, mas pouco denunciadas. Falta de regras claras e de fiscalização é o principal problema apontado por candidatos e especialistas



Denúncias de fraudes já interromperam a realização de diversos concursos públicos federais. Em alguns casos, como o certame do Senado Federal, em 2012, mais de 20 tipos diferentes de denúncias foram protocoladas no Ministério Público Federal (MPF), e turmas de três especialidades tiveram que refazer as provas. Mas é nos estados e municípios que a farra acontece. Falhas na organização e fraudes descaradas nas seleções locais pouco são divulgadas e quase nunca denunciadas e punidas, sobretudo no âmbito das cidades.

O goianiense Gustavo Aquino Jordão, 25 anos, por exemplo, está tendo dores de cabeça com dois concursos simultaneamente. Na Câmara municipal de Itumbiara, no interior do Goiás, o certame foi cancelado dois dias antes da realização. A seleção foi suspensa pelo Ministério Público do estado, conforme uma liminar publicado no portal da banca KLC Consultoria em Gestão Pública Ltda. Além do inconveniente da suspensão, sem data para nova prova, Gustavo nem sequer foi avisado pela empresa de que o exame não seria realizado.

“A organizadora publicou uma nota no site, não recebi e-mail nenhum. Se não tivesse entrado no portal, poderia ter viajado até Itumbiara à toa”, reclama Gustavo. Até o momento, não houve nenhum contato da banca, nem mesmo para explicar o motivo do cancelamento. “Não deram nenhuma satisfação”, conta o candidato. No certame do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TJGO), a seleção foi lançada sem cronograma. “A gente fica na insegurança, sem saber que dia vai sair o resultado. Ficamos perdidos”, diz. 

domingo, novembro 23, 2014

Uma história de esperança!


Casal homossexual de Brasília adota quatro irmãos pernambucanosProfessor da UnB, um deles conseguiu uma inédita licença-paternidade de 45 dias. Agora, os dois compartilham a história na esperança de incentivar outras pessoas a acolherem crianças mais velhas



Osmir (E) e  Carlos Eduardo com os filhos Felipe, 8 anos, Fagner, 6, Vitor, 4, e Vinícius, 2: incentivo para que outras famílias adotem crianças mais velhas (Paula Rafiza/Esp.CB/D.A Press.Brasil)
Osmir (E) e Carlos Eduardo com os filhos Felipe, 8 anos, Fagner, 6, Vitor, 4, e Vinícius, 2: incentivo para que outras famílias adotem crianças mais velhas


Um casal apaixonado que, ao longo de quase três décadas, construiu uma relação baseada no respeito e no amor e alimentou o sonho de ter filhos. Diante da impossibilidade de uma gravidez, eles resolvem partir para a adoção. Dez minutos depois de terem os nomes incluídos no cadastro que reúne as crianças abrigadas em todo o país, o telefone toca. “Era uma ligação de Pernambuco. A assistente social disse que tinha três irmãos disponíveis. Entramos em pânico. Desejávamos muito, mas, na hora que aconteceu, bateu o medo”, conta Carlos Eduardo dos Santos, 54 anos, professor da Universidade de Brasília há seis. 

Refeitos do susto, os dois procuraram a Vara da Infância local, onde se inscreveram e foram habilitados para a adoção, e começaram a providenciar a estrutura para receber os pequenos. Ao longo de 15 dias, conversaram com eles por telefone, trocaram fotos, arrumaram a casa e viram crescer a ansiedade em encontrá-los. Em 5 de dezembro do ano passado, Carlos Eduardo e o companheiro, Osmir Messora Junior, 53 anos, viajaram em busca dos tão esperados filhos. “Imagino que tenhamos vivido o mesmo sentimento dos casais que vão para a maternidade”, observa Osmir, com os olhos marejados. 



Logo ao chegarem ao fórum da cidade, mais uma surpresa. Um quarto irmão dos meninos, o pequeno Vinícius, 2 anos, também estava no abrigo, mas ainda não disponível para ser entregue a uma nova família. Apesar disso, os 15 dias que passaram com Felipe, 8, Fagner, 6, e Vitor, 4, foram mágicos e acabaram com um final feliz parcial. Eles trouxeram o trio para Brasília e deram entrada na papelada de Vinícius.

quarta-feira, novembro 19, 2014

Blindagem no Legislagtivo


Deputados distritais insistem em manter blindagem na CasaLíderes de bancada se reúnem e mantêm os projetos que dificultam denúncias e investigações contra eles. Nenhum parlamentar quer assumir a autoria das propostas corporativistas. Dois deputados entram na mira do Tribunal de Justiça do Distrito Federal.