quarta-feira, janeiro 28, 2015

Pagando a conta


Propostas de aumento provocam polêmica

Brasiliense demonstra preocupação com a possibilidade de reajustes


As propostas anunciadas pelo GDF para  aumentar a arrecadação, que incluem aumento de impostos, provocaram polêmica entre a população. Nos postos de combustível, por exemplo, os clientes reagiram com   preocupação ao saberem dos possíveis reajustes no preço da gasolina (leia mais sobre as medidas na página 3). 
De acordo com o policial civil Rheyter Souza, 32 anos, é um absurdo aceitar que os próprios brasilienses terão de pagar as contas do governo. "Sou totalmente contra essas medidas, seremos punidos pelo rombo no GDF. Em 2016, vamos ter que trabalhar apenas para pagar esse aumento", desabafa. 
Ele ressalta ainda que, no geral, não é contra os impostos,   desde que eles sejam aplicados da maneira correta e reflitam em benefícios para a saúde, educação infraestrutura. "A situação das estradas está precária, assim como nos hospitais e escolas. Além disso, a diminuição no preço do etanol não atende toda a população como a gasolina, que vai passar a ser uma preocupação de todos após o aumento", afirma. 
“Impotência”
 O estudante Rodolfo Romano Alves, 23 anos, que possui uma motocicleta, diz que se sente impotente diante de todas as mudanças previstas para o próximo ano. "Minha moto não é flex, ou seja, não tenho a possibilidade de escolher o etanol, que é uma opção mais barata. O que me deixa mais revoltado é que não temos alternativa, apenas vamos ter que aceitar pagar ", conta. 
Contribuinte 
 
O reajuste no IPVA também aflige o apoio administrativo Jeferson Junior Lima, 30. Ele possui uma motocicleta e paga, em média, R$ 500 do imposto, seguro e licenciamento do veículo. "Esse valor já faz muita diferença no meu bolso, não vou conseguir pagar esse aumento. Acho engraçado que o governo nunca anuncia propostas para reduzir os impostos ou melhorar a vida do trabalhador", completa. 
 
A medida que visa aumentar as tarifas de telefonia foi outro ponto   questionado pelos usuários. De acordo com a estudante Ingrid Lorrane Gomes Nunes, 21, que já chegou a pagar R$ 220 na conta do celular, se as despesas aumentarem, ela vai passar o aparelho para crédito. "Em 2016, terei de cortar todos os gastos extras para sobreviver a este aumento previsto. Acho inadmissível termos que pagar pela irresponsabilidade do GDF", afirma.
 
Questionado sobre o aumento do IPTU, o comerciante Euclides Araújo, 60, admite que qualquer reajuste vai fazer diferença na vida da população. Ele   paga, em média, R$ 700 de imposto e sempre precisa parcelar esse valor. "As pessoas precisam reagir a esse absurdo, com manifestações. Se a população não se unir para barrar esse aumento, vamos ficar sempre reféns do descontrole do governo", conclui.
 
Fonte: Jornal de Brasília
 

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