sexta-feira, dezembro 30, 2016

2017!

O blog deseja a todos (as) Happy New Year!
Prospero Año Nuevo!
Bonne Année!
Gutes Neus Jahr!
Felice Anno Nuovo!
Gelukkig Nieuwjaar!
Szczęśliwego Nowego Roku!
Carlos Coqueiro deseja a todos um feliz ano novo! 

quarta-feira, dezembro 28, 2016

Mineração melhor em 2016


As maiores empresas do setor mineral (BHP Billiton, Rio Tinto, Vale e Glencore) deverão obter lucro somado de 26 bilhões de dólares no semestre que terminará neste mês. Será então o maior valor em dois anos, e 40% superior ao resultado do primeiro semestre, segundo estimativas da agência de notícias americana Bloomberg.
Esse desempenho se deve aos preços de praticamente todas as commodities minerais, que se recuperaram dos níveis mais baixos em muitos anos, provocados por cortes na produção e demanda mais forte, com a consequente redução dos excedentes. A expectativa é que a temporada de ganhos continue.
Analistas projetam lucros maiores em 2017. Preveem que se o setor de construção na China, maior consumidor de metais, permanecer aquecido, a recuperação da procura deve persistir. Essa perspectiva é questionada, porque a China pode reverter sua política de usar menos carvão e porque as minas de minério de ferro estão expandindo a capacidade.
Em fevereiro, a australiana BHP, maior mineradora do mundo, deverá divulgar lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização de US$ 8,5 bilhões nos seis meses encerrados em 31 de dezembro, cerca de 35% acima do período entre janeiro e junho.
Segundo previsões de analistas, as quatro maiores mineradoras do mundo devem apresentar lucro conjunto de US$ 27 bilhões no primeiro semestre de 2017. É uma recuperação consistente ou apenas um soprar de ventos favoráveis de curta duração?
A resposta interessa à Amazônia, ao Pará e aos seus municípios mineradores, principalmente Canaã dos Carajás, Parauapebas, Ourilândia do Norte, Curionópolis, Paragominas e Oriximiná. Lúcio Flávio Pinto.

terça-feira, dezembro 27, 2016

Terra sonâmbula

O que faz andar a estrada?

É o sonho.

Enquanto a gente sonhar

a estrada permanecerá viva.

É para isso que servem os caminhos,

para nos fazerem parentes do futuro.

(Mia Couto – Terra Sonâmbula, 2007)

Tudo muda!



Muda o superficial

Muda também o profundo

Muda o modo de pensar

Muda tudo neste mundo

Muda o clima com os anos

Muda o pastor e seu rebanho

E assim como tudo muda

Que eu mude não é estranho

Muda o mais fino brilhante

De mão em mão seu brilho

Muda o ninho o passarinho

Muda o sentimento um amante

Muda o rumo o caminhante

Ainda que isto lhe cause dano

E assim como tudo muda

Que eu mude não é estranho

Muda o sol sua direção

Quando a noite o subsiste

Muda a planta e se veste

De verde na primavera

Muda a pelagem a fera

Muda o cabelo o ancião

E assim como tudo muda

Que eu mude não é estranho

Mas não muda meu amor

Por mais longe que eu me encontre

Nem a recordação nem a dor

De meu povo e de minha gente

O que mudou ontem

Terá que mudar amanhã

Assim como eu mudo

Nesta terra tão longínqua

Muda tudo muda

Muda tudo muda...

Mas não muda meu amor.

(Mercedes Sosa y Julio Numhauser)

domingo, dezembro 25, 2016

Natal dos covardes!




O que diriam os pregadores da intolerância, os obreiros do justiçamento, os apóstolos do olho por olho dente por dente sobre um homem que manifestou seu amor por um ladrão condenado e lhe prometeu o paraíso? Brandiriam o velho sermonário: bandido bom é bandido morto?
Hoje, quase todos os brasileiros, inclusive os cônscios moralistas da violência que amarram adolescentes em postes para linchá-los, se reunirão com suas famílias para celebrar mais uma vez o nascimento desse homem.
Sujeito, aliás, que respondeu à provocação: está com pena? Então, leva para casa! Pois, é. Jesus Cristo prometeu levar o ladrão para casa. "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso", diz o evangelho de Lucas.
Jesus optou pelos oprimidos e renegados, pelos miseráveis, leprosos, prostitutas, bandidos. Solidarizou-se com o refugo da sociedade em que viveu, contestou a ordem que os excluiu.
O Cristo bíblico foi um dos primeiros e mais inspiradores defensores dos direitos humanos e morreu por isso. Foi perseguido, supliciado e executado pelo Império Romano para servir de exemplo.
Assim como servem de exemplo os jovens que são espancados e crucificados em postes, na ilusão de que a violência se resolve com violência. Conhecemos a mensagem cristã, mas preferimos a prática romana. Somos os algozes.
Questiono-me sobre o que seria dele em nossa Jerusalém de justiceiros. Não sei se sobreviveria. É perigoso defender a tolerância, o amor ao próximo e o perdão quando o ódio é tão banal. Como escreveu Guimarães Rosa: "quando vier, que venha armado".
Não é difícil imaginar por onde ele andaria. Sem dúvida, não estaria com os fariseus que conclamam a violência e fazem negócios, inclusive políticos, em seu nome.
Caminharia pelos presídios, centros de amnésia da nossa desumanidade, onde entulhamos aqueles que descartamos e queremos esquecer, os leprosos do século 21. Impediria que homossexuais fossem apedrejados, mulheres violentadas e jovens negros linchados em praça pública. Estaria com os favelados, sertanejos, sem tetos e sem terras.
Por ironia, no próximo Natal, aqueles que defendem a redução da maioridade penal, pregam o endurecimento do sistema prisional, sonham com a pena de morte e fingem não ver os crimes praticados pelo Estado contra os pobres receberão um condenado em suas casas.
Diante da mesa farta, espero que as ideias e a história desse homem sirvam, pelo menos, como uma provocação à reflexão. Paulo Freire dizia que amar é um ato de coragem. Deixemos então o ódio para os covardes.
Marcelo Freixo

segunda-feira, dezembro 19, 2016

Crise, de quem é a culpa?


Os Estados brasileiros estão em crise.
De quem é a culpa?
Dos políticos corruptos e dos empresários que não querem pagar impostos.
A Odebrecht comprou medidas provisórias que resultaram em renúncia fiscal.
O Rio Grande do Sul tem um déficit estimado para 2017 de três bilhões ( o governo fala em cinco bilhões para assustar, pois essa é a sua técnica, semear o pânico para ferrar a plebe).
As isenções fiscais chegam a nove bilhões.
Por que não reduzi-las pela metade?
Porque os empresários vão embora.
A guerra fiscal é o mal que assola o país.
Sem contar a sonegação.
A guerra fiscal é a mágica que faz encolher Estado.
Sem impostos não há receita.
Sem receita não há Estado.
Sem Estado não há serviços.
Tudo é privatizado.
Paga quem tem recursos.
A guerra fiscal é o golpe total.
Atende a dois mitos da mídia: menos impostos e menos Estado.
O governo Temer, o pior que o Brasil já teve, quer obrigar cada um a trabalhar até morrer e que implantar jornadas de trabalho intermitentes, com horários e dias flexíveis.
O trabalhador ficará sempre à disposição do patrão.
Só um governo não eleito pode propor algo assim.
Kakfa não teria imaginado um cenário tão sem saída.
Depois do kafkiano, o temeriano.
Os especialistas do absurdo dizem que essa é a tendência.
Só não explicam o sucesso de países como a Suécia.
A Suécia é um péssimo exemplo para o mundo.
Cobra muito imposto, dá muita proteção aos trabalhadores e oferece muito resultado.
Qual é a mágica: políticos honestos, população consciente e elite não canibal.
Fácil!
Juremir Machado

Saturação




Estou farto de ler no poeta
(e de ouvir da prosaica Patrícia)
A sua crítica ao burguês
que vive na absoluta surdez
a louvar o que não ouve.

De minha parte, estou farto
(um pouco mais e será meu parto)
do reacionário bem comportado
que perora na mídia contra os vândalos
E só ataca com ardor certos escândalos.

Estou farto dos homens responsáveis
que, defendendo a empregabilidade,
a sensatez e a tal da governabilidade,
dormem tranquilos em torres de vidro e aço
erguidas sob  escombros de pele e osso
com a pobreza esfolando até o pescoço.

Estou farto do grande empreiteiro,
do demagogo e do marqueteiro,
dos governos de coalizão,
dos governantes sem ação,
dos formadores de opinião,
dos senhores engravatados
comendo churrasco e sushi
e dirigindo seus camionetões.

Estou farto da política sem utopia
dos ideais cuidadosamente mesquinhos
e do projeto sem gozo nem emancipação.

Estou farto da novela das nove,
do futebol das dez e das horas vazias
Por  não ter ido à marcha das vadias.
Estou farto!

Farto dos derivativos e dos mercados sem futuro,
Farto da volta da inflação e dos saltos no escuro,
Farto dos times jogando com três volantes
e dos livros silenciosos nas estantes,
dos discursos de bom senso dos especialistas
das teses dos sociólogos e dos economistas
dos ataques da polícia e do batalhão de choque
do gás de pimenta, balas de borracha e toque,
Toque de encurralar na velhice do imaginário.

Estou farto dos que não saem do armário
e ainda cobram dos outros que durmam de touca.

Estou farto da retórica bem comportada
dos que aconselham a fazer o que não fazem
limitando-se solenemente a soltar gazes
enquanto trivialmente estouram champanhe.

Estou farto dos preços das passagens de ônibus,
das críticas ao bolsa-família e às cotas,
do escritor que fala do umbigo
e ganha prêmios como trigo
(um trigal simulando o ouro adornando uma bolsa de couro)
por ter sido obscuro como pão queimado.

Estou farto dos saudosos da ditadura
e dos corruptos que nunca levam uma dura.

Só o que me lava a alma são esses manifestantes
reclamando o possível em nome do impossível
e pondo de joelho os postes de cada governo.

Estou farto de mim,
De mim e do Alckmin,
De mim e do Haddad,
De mim e da falsidade.

Estou farto do reacionário bem comportado
que não deixa mudar o mundo por educação.

Não se mexe no que dá tão certo por estar errado.

Estou farto do antipetista fanático
que se acha não ideológico e fantástico
enquanto destila bílis e mesquinharia.

Estou farto dessa tola engenharia
que prega o fim de direita e esquerda
como um triunfo da sua ideologia.

Estou farto dos que tentam me cooptar
Enganar, embrulhar, adaptar, empalar.

Estar farto de ser isto e aquilo
como um almoço por quilo:
anteontem eu era de direita,
Ontem eu era petista,
Hoje, sou PSOL.
Amanhã estarei no formol?

Estou farto de reacionários fakes
e dos tantos fakes reacionários
Que me elogiam por conveniência
tentando ler o que eu não digo
quando só estou comendo um figo.
Estou farto de estar farto.
Estou farto dessa fartura.
Espero estar longe do infarto.
E perto de uma goiabada com queijo. Juremir Machado

quinta-feira, dezembro 15, 2016

Brasil, país do passado!


Que país é este?
O velho Brasil dos bacharéis, dos doutores e dos coronéis.
Um empresário e seus executivos delatam meio mundo.
Atola na lama a cúpula do governo Temer.
A outra metade política do país já estava submersa na sua lama particular.
Um tesoureiro do PT admite a prática de contabilidade informal.
A cadeia fez dele um cara mais sincero.
Aqueles que ontem denunciavam o caixa dois como fonte de corrupção e repasse de propina agora o tratam com normal e chamam de hipocrisia denunciar as ajudinhas por baixo do pano.
Ministros de Temer, cravejados de delações mortais, resistem como moribundos.
O povo, na sua douta ignorância, murmura: todos iguais.
Balbucia: tudo farinha do mesmo saco.
Engole em seco: cambada…
A cúpula corre perigo?
Talvez.
Pode ser que um dia a plebe comece a berrar! Juremir Machado

quarta-feira, novembro 30, 2016

Tragédias brasileiras


A queda do avião que levava a Chapecoense sensibilizou o mundo. Nunca estaremos preparados para aceitar a irrupção da morte na plenitude do voo, do sonho, do ápice e da esperança de glória. Contraria nosso imaginário.
A tragédia da Chape encobriu as tragédias rotineiras do Brasil.
No Senado, passou, em primeira votação, a PEC da morte, a emenda constitucional do teto dos gastos, um dispositivo para controlar gastos e investimentos sem precisar afetar grandes fortunas e outros privilegiados.
Na Câmara, passou o pacote anticorrupção sem poder incluir a anistia para os larápios eleitos que praticaram caixa dois. Foi junto, de última hora, a previsão de crime de responsabilidade para juízes e procuradores. Por razões erradas é uma medida certa. Todos devem poder ser responsabilizados e punidos por seus erros funcionais.
Claro que os parlamentares só queriam intimidar a Lava Jato.
Claro que os procuradores não querem qualquer tipo de entrave aos seus poderes hoje absolutos.
Executivo e legislativo estão reféns do judiciário.
No Rio Grande do Sul, a Assembleia Legislativa quer cassar o deputado Jardel. Tem razões suficientes para isso. A justiça não deixa. Retarda o processo. Acolhe as chicanas do advogado do deputado enrolador.
Assim anda a carruagem. Falta dinheiro, mas o Estado abre mão de receita de forma sigilosa.
Nem o Tribunal de Contas tinha acesso a certas concessões a empresas.
A justiça teve de entrar em campo para impor transparência.
No país do corretor de imóveis Temer tudo se negocia, salvo o poder dos donos do poder.
A morte não é científica.
A dominação, sim! Juremir Machado

segunda-feira, novembro 28, 2016

UTAD, abertura do ano acadêmico 2016-2017


A Secretária de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Portugal, Maria Fernanda Rollo, presente na cerimónia de abertura do Ano Académico, no passado dia 4 de novembro, que encheu por completo a Aula Magna, dirigiu-se aos novos estudantes para dizer: “Ainda bem que escolheram a UTAD”. E sublinhou que “os resultados desta Universidade são brilhantes e inspiradores”, deixando o reconhecimento pela forma como tem fomentado “um debate e um diálogo comum, de forma criativa, crítica e construtiva, o que tem permitido estabelecer compromissos com quem quer construir um país com conhecimento, com ciência e projetado para os nossos jovens”.
 
O reitor da UTAD, Fontainhas Fernandes, que abriu as intervenções, destacou o papel ativo da UTAD num momento em que se perspetiva “um novo futuro”. “A Universidade deve ser resiliente, deve desenvolver-se e estar sempre em permanente mudança”, afirmou o reitor, para realçar também a forte ligação da UTAD ao território e às suas gentes. “Hoje uma instituição de ensino superior que esteja situada num território como este – afirmou – é uma âncora de esperança para as suas gentes. E por isso nós queremos reforçar este papel de âncora de esperança para fixação de empresas e jovens”. Na mesma sessão, usou igualmente da palavra o Presidente da Associação Académica, André Coelho, lembrando algumas das preocupações dos estudantes e deixando uma nota de orgulho que é comum a todos quantos passam por esta universidade.
 
Esta sessão de abertura do ano académico foi também marcada pela realização de uma mesa redonda intitulada “Património: diversidade, proteção, promoção”, moderada pelo vice-reitor Artur Cristóvão, que contou com as intervenções de João Carlos Santos (subdiretor da Direção-Geral do Património Cultural), Helena Freitas (da Unidade de Missão para a Valorização do Interior) e António Belém Lima (arquiteto ligado à recuperação urbana de espaços históricos). Cada um dos oradores, nas áreas temáticas das suas especialidades, falou sobre os novos desafios para a valorização e proteção do património natural e cultural, com realce para a região do Douro. Este propósito de trazer para o debate o património cultural e natural, recorrendo a especialistas que asseguram as várias dimensões temáticas, traduziu uma clara preocupação da UTAD em apostar na valorização da transversalidade cultural e natural do território, em especial nos imensos recursos do Douro e Trás-os-Montes, enquanto paisagem, turismo e cultura, uma aposta já consagrada na recente criação da cátedra UNESCO em Geoparques.

domingo, novembro 27, 2016

Juarez Cirino dos Santos, o criminalista do Brasil!



O “puxão de orelha” que recentemente viralizou nas redes sociais como a mais tensa audiência da Lava Jato encabeçada pelo juiz Sérgio Moro trouxe ao conhecimento do público um respeitado conhecido do Direito Penal no País: Juarez Cirino dos Santos.

Professor titular de Direito Penal da Universidade Federal do Paraná, Cirino destaca-se como pioneiro e maior nome da Criminologia Radical, a qual relaciona o crime e controle do Estado como processos estruturais e institucionais decorrentes do capitalismo e a relação entre explorador e explorado. Seu livro Curso de Direito Penal é aclamado pela academia como uma das grandes obras já produzidas pela intelectualidade brasileira.
“O melhor Curso de Direito Penal já escrito. Sim, de todos os tempos. Sim, em todo o mundo. “O” livro que você precisa, mas pode chamar de bíblia dos criminalistas críticos. É antes/depois de Cirino (aC/dC)” – exaltou nas redes sociais o professor de Direito Penal da Universidade de São Paulo Maurício Stegemann Dieter sobre o livro escrito por Cirino.
Cirino representa o ex-presidente Lula, ao lado dos advogados Cristiano Zanin Martins e José Roberto Batochio, na ação que discute o apartamento no Guarujá. Os outros dois advogados também tiveram falas de destaque na discussão com o magistrado.
Ao fim da discussão, meio jurídico exalta Cirino
A discussão entre Cirino e o juiz federal foi sobre as perguntas do magistrado às testemunhas que iam além da acusação. No Processo Penal, tanto acusação quanto a magistratura estão limitados aos fatos descritos na denúncia, um documento processual que descreve as acusações. A restrição à acusação inicial é conhecida como princípio da correlação.
Ao ser interpelado por Cirino pela “fuga” do tema, Moro apenas retrucava dizendo que poderia sair da correlação pois “há um contexto”. “Mas qual é o contexto? Só existe na cabeça de vossa excelência. O contexto, para nós, é a denúncia” – retrucou o professor e advogado.
“O que houve é que ele não se limitava a esclarecer as perguntas feitas às testemunhas, mas queria trazer fatos novos, que não tinham sido objeto de denúncia ou de depoimentos e, por isso, ele violava os princípios do contraditório e da ampla defesa”, explicou Cirino na saída do julgamento.
O episódio circulou nas redes sociais e foi muito bem recebido pelo meio jurídico. Uma aula de resistência ao autoritarismo, afirmou o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Salo de Carvalho.
O professor da PUC-RS Aury Lopes Júnior também destacou o trabalho de Cristiano Zanin e Batochio ao lado de Cirino – “três grandes advogados e reconhecidos juristas em ação: Cristiano Zanin Martins, Juarez Cirino Dos Santos e José Roberto Batochio. Mostrando como ser combativo, sem perder a postura e a dignidade, e não pactuar com a prepotência. Pena que quando falta autoridade no argumento, sobram argumentos de autoridade, culminando com um corte do microfone. Mas nada disso cala uma defesa competente”.
Coluna no Justificando.com
Cirino assina uma coluna no Justificando.com na qual publica artigos sobre direito criminal e atualidades. No seu último artigo, o professor destacou a transferência da política tradicional para a Vara Federal de Curitiba onde ele travou o caloroso debate:
"A estratégia política das classes dominantes, percebida como alternativa real de reconquista do Poder Executivo, é a novidade da luta de classes na sociedade brasileira: a possibilidade de deslocar o cenário de campanha política das praças públicas para alguns órgãos da justiça criminal brasileira – ou melhor, a transferência dos tradicionais comícios populares em palanques públicos para o espaço judicial monocrático da 13ª Vara Federal Criminal do Juiz Sérgio Moro, de Curitiba", escreveu.

sábado, novembro 26, 2016

Turismo em Cuba


Eugênio Bortolan 
Turismo cresce em Cuba após abertura aos EUA  | Foto: Eugênio Bortolon / Especial / CP
Turismo cresce em Cuba após abertura aos EUA | Foto: Eugênio Bortolon / Especial / CP
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Impressiona de cara os locais, a conservação e criação de museus e outros aparatos turísticos por toda a área e a presença impressionante de turistas – europeus, latinos e agora, cada vez em maior número, americanos e exilados podem visitar livremente seu país, seus parentes, como se constata em hotéis, permanentemente lotados tanto em Havana como em tantas outras cidades. Voos chegam nos principais aeroportos do país – Havana, Santiago, Santa Clara, Guantánamo (não a base americana, mas a cidade cubana), as praias de Cayo e tantos outros locais.
Foto: Eugênio Bortolon / Especial / CP
Restaurantes se espalham pelas cidades. Alguns restaurantes particulares extraordinários, ótimos, outros mais ou menos, outros ruins, como em todos os lugares do planeta. Pequenas pensões e hotéis particulares estão sendo criados. A privatização de bens e serviços cresce. Conversei com vários cubanos nativos ou exilados em hotéis e pude constatar que já se pode falar bem ou mal do regime, ainda de partido único. Não há mais um espião do estado em cada buraco para prender eventuais discordantes do regime.
É óbvio que Cuba não é um pais rico, sofreu com o fim da União Soviética no início dos anos 90, de onde vinha seu grande apoio econômico e era seu mercado principal de idas e vindas de produtos, mas não é um país miserável, não é um país onde os moradores passam fome ou sofram carências irreversíveis para sobreviver. Não há favelas como no Brasil. Há casas precárias, mas não se nota aglomeração maciça de famintos, segregados, vivendo à margem da sociedade.
A ilha de Cuba, com seus 12 milhões de habitantes e 110 mil quilômetros quadrados de área, oferece, porém, coisas essenciais: saúde e educação. Todos podem estudar e há outdoors espalhados por Santiago e Havana dizendo que a educação e a saúde são direitos inalienáveis de todos. Não pode ser recusado para ninguém.E não precisa esperar por anos a fio por consultas. Tudo é mais ou menos na hora, como me disse um entusiasmado taxista de Havana, que levou sua mulher para um hospital para emergência e foi prontamente atendida. “Até cirurgia plástica ela precisou fazer e foi feita. Não gastei nada. Aqui não há plano de saúde. O direito ao atendimento médico é universal”, afirmou. 
Segurança em Cuba
Outra coisa extremamente interessante é a segurança. É claro que são coisas incomparáveis, mas Cuba é tranquila. Não há perfeição nessa área. Mas pode-se circular, sem medo, à noite por lugares mais escuros, como a cidade velha de Havana ou a cidade velha de Santiago. Um guia cubano me disse que quem rouba turista ou outro cubano sofre penas severas, rigorosas, prisão por vários anos. Como pude notar, Cubana está séculos à frente das grandes cidades brasileiras nesta área.Aqui se rouba e se mata por um tênis e por meia dúzia de reais. Lá, comércio de drogas e tráfico, nem pensar. Quem for pego com maconha ou cocaíca, ou ainda crack, está definitivamente liquidado. Mas isso não significa que elas não existam. Mas em doses tão mínimas e imperceptíveis. Detalhes que pude observar em Havana e Santiago é que há ofertas de prostitutas nas proximidades de hotéis, mas de forma tão escamoteada, que ainda não dá para dizer que este comércio inseguro e que gera roubos de turistas exista em doses elevadas.
Ganha-se muito pouco em Cuba em termos salariais. Mas não há grandes disparidades entre os diferentes níveis de trabalhadores- de médico a enfermeiro, de engenheiro a professor, de lixeiro a recepcionista de hotel, de funcionário público a trabalhador comum. Mas também não há desigualdades brutais. Cuba tem suas castas de privilegiados, mas nada que seja aviltante e agressivo. Mas que há, isso não há dúvida. Como também dá para dizer que não falta leite e comida para todos. Mas a prioridade é para as crianças. Elas podem comer e são as únicas que têm direito a carne bovina – rebanho cubano é pequeno, de apenas 4 milhões de cabeças.
O transporte é o setor mais precário ainda, segundo alertam os próprios dirigentes cubanos, conforme entrevista que ouvi na tevê estatal na quarta-feira, dia 23 de novembro. Ainda há ônibus velhos, caçambas de caminhões adaptadas para transportar pessoas, milhões de carros dos anos 50 circulando pelas ruas, ao lado de últimos modelos de fabricantes coreanos, japoneses e europeus, inclusive caríssimos Mercedes Benz ou BMW, a serviço de representações diplomáticas. Mas os cubanos já têm acesso a carros importados, pagando pouco e a longo prazo, mas para utilização para o bem comum – táxis, por exemplo.
Ainda existe o bloqueio econômico americano, que lentamente está terminando, mas que ainda vai demorar longos anos. Há carências de produtos, as lojas e galerias (shoppings) têm poucas ofertas para quem gosta de consumir (produtos asiáticos predominam), mas nada que seja extremamente gritante. "Tudo vem no seu devido tempo, pode demorar um ano ou vários, mas teremos uma situação econômica mais interessante", me disse um vendedor de uma galeria da Ciudad Vieja de Havana.
Por fim, Cuba, descoberta em 1492 por Cristóvão Colombo e que ao logo de toda a sua história de invasões e domínios por europeus, principalmente espanhóis, foi um país explorado, vilipendiado, massacrado e roubado, como aconteceu em toda a América Latina, é um novo país agora, com quase 58 anos, graças aos revolucionários de Sierra Maestra. Podem chamar Cuba de tudo de ruim, de ditadura e outras coisas negativas, mas também não como negar que é um lugar encantador, com praias espetaculares, um mar do Caribe dos sonhos e agora uma provável nova democracia.
O caminho está aberto, as portas estão abertas, a história é apaixonante por isso mesmo – pode dar tudo ou nada. É um jogo de xadrez, com peças se movimentando de um lado para outro. E. neste jogo, tudo pode acontecer. Mas que as chances de um país sólido e forte crescer e com modelos democráticos e mais livres estão surgindo escancarados na vista do mundo e dos próprios cubanos, ah. isso estão. É a minha crença depois de algumas viagens por lá. E, quer queiram ou não, o comandante Fidel é um dos responsáveis por este novo país.

sexta-feira, novembro 25, 2016

Universidade de Vila Real, Portugal!

"A UTAD, além de mostrar já sinais claros de sustentabilidade e de equilíbrio financeiro, é uma Universidade com mais visibilidade e mais aberta. Tem vindo a ganhar notoriedade, quer pelo trabalho desenvolvido com os agentes econômicos e a sociedade, quer pela notoriedade dos seus antigos estudantes, que têm tido um papel proativo nesta nova trajetória da Universidade."António Fontainhas Fernandes

quinta-feira, novembro 24, 2016

Inimigos dos EUA!


Olhar a vida pelo extremo ensina alguma coisa. Talvez a limitação do ponto de vista. Julian Assange, o homem do wikileaks, que vive na embaixada do Equador, em Londres, e Edward Snowden, o jovem de 29 anos que revelou o big brother real dos Estados Unidos, são atualmente dois dos maiores inimigos do poder americano. Snowden virou filme. Um longa dirigido por Oliver Stone. Um filme de Hollywood: o bem e o mal estão clara e didaticamente encarnados. A mensagem é cristalina: tudo o que fazemos na internet cai na malha fina da espionagem americana. A câmara de cada computador serve também para que sejamos vigiados. Não por acaso Mark Zuckerberg, criador do facebook, cobre as suas com adesivos. O mesmo faz Snowden na história contada por Oliver Stone.
Assange está encurralado no centro do mundo. É acusado de estupro na Suécia. Snowden vive na Rússia com a mulher. A amizade entre Vladimir Putin e Donald Trump poderá significar um fim de linha para ele. Os americanos não parecem inclinados a descansar enquanto não botarem as mãos em cima dos dois homens que revelaram ao mundo os seus métodos mais sujos de espionagem de todo mundo, de presidentes de nações a pessoas comuns. Snowden entrou em crise existencial ao perceber que estava a serviço de uma arapongagem sem limites. Caiu fora levando os segredos mais escabrosos dos donos do mundo num dispositivo do tamanho de uma unha.
O filme de Stone é chato, longo, detalhado demais, sonolento. Mesmo assim, diz-se que é o seu melhor desde muito tempo e não deixa de ter qualidades para um sábado de tédio ou de angústia. A moral da história, contudo, tira o sono de qualquer um: ninguém está protegido do olhar dos espiões. Barack Obama tomou medidas para proteger a privacidade dos cidadãos americanos depois das revelações de Snowden. Alguém acredita realmente que agora não é mais possível meter o olho em nossas vidas? A única maneira de escapar do controle é nada a ter a esconder. Parece que isso não existe. Stone nos convence de que todos nós, mesmo sem o saber, escondemos algo. Às vezes, tão bem que nem nós mesmos sabemos disso. Sei que escondo alguma coisa. Ainda vou descobrir o que é.
Esse segredo que escondo de mim ou que se esconde mim me domina nas tardes de melancolia. O que será?
Cada um com seus crimes. Al Capone pagou por sonegação de impostos. No capitalismo, o maior crime é sempre contra o patrimônio. Se bem que para certos capitalistas lesar o Estado deixando de pagar impostos é ato de heroísmo. A CIA tem vasta experiência na invenção de crimes menores para acabar com quem cometeu crimes maiores, mas escorregadios. O maior crime nos Estados Unidos é a revelação dos crimes dos EUA.
Nada contra os Estados Unidos, país de grandes belezas e de grandes feiuras. Como todos.
A internet é que ainda vai dar muito pano para manga: como ter direito ao esquecimento numa rede que parece um cemitério de sites naufragados? Como lidar com o que Umberto Eco caracterizou como tribuna livre da imbecilidade? O que fazer dos rastros deixados? Como impedir a espionagem pelos gênios que inventam as ferramentas e obviamente sabem como manipulá-las? Como acreditar que o mágico não terá controle sobre o seu truque? Um dos personagem do filme sobre Snowden é o jornalista Glenn Greenwald, que vive no Rio. Glenn ajudou a revelar ao mundo os segredos de Snowden. Ajudou também a mostrar ao planeta os subterrâneos do golpe contra Dilma. Neste caso, suas revelações não surtiram efeito. O sistema estava criptografado. Como diria o poeta, há golpes tão duros na vida, eu não? Os maiores golpes podem ser aqueles que se recusam a se aceitar como tal.
No cinema a vida sempre tem uma saída.
Nem sempre a melhor!

UTAD ganhou prestígio!


​Em final de mandato, como presidente do Conselho Geral da UTAD, José da Silva Peneda faz um balanço destes últimos quatro anos e destaca a coesão interna, o prestígio alcançado e o reconhecimento do trabalho da UTAD por parte de agentes nacionais a vários níveis.
 
 
 
 
O balanço que faço do mandato como Presidente do Conselho Geral da UTAD, prestes a terminar, é positivo, desde logo pela cooperação leal que recebi de todos os membros do Conselho.
 
Tudo começou com a aprovação, por unanimidade, do Plano Estratégico. A ampla discussão a que o documento foi sujeito, através de um processo iterativo que serviu de base metodológica à sua preparação, foi a maior garantia que não estávamos perante um documento fechado à evolução dos múltiplos fatores internos e externos à Universidade.
 
Nesse Plano houve uma ideia sobre o que se queria para a Universidade nos contextos regional, nacional e internacional e houve também a consciência clara de que iria ser executado num tempo em que as facilidades seriam muito poucas, ou mesmo inexistentes, e em que muitas vezes a luta iria ser travada pela causa da sobrevivência.

O Plano Estratégico foi o instrumento que ajudou a forjar um sentimento de coesão, pilar essencial para ultrapassar as dificuldades que a Universidade teve de enfrentar e que permitiu a obtenção de múltiplos compromissos numa cadência de reformas efetuadas a ritmo avassalador.

Durante estes quatro anos, para além das muitas modificações e do forte investimento que tiveram lugar a nível interno, a UTAD ganhou prestígio aos níveis nacional, regional e internacional. A nível regional, destaco a Carta de Compromisso para o Desenvolvimento de Trás os Montes e Alto Douro. A nível regional, deu-se um passo de gigante através da institucionalização do processo de cooperação com as Universidades do Porto e do Minho, que de forma solene se comprometeram a trabalhar em conjunto em diversos temas e domínios. E, pelo impacte e ambição, destaco a nível internacional a criação da estrutura de investigação e de transferência de conhecimento vocacionada para o sector, designada de Centro de Excelência da Vinha e do Vinho, situado no Parque de Ciência e Tecnologia – Regia-Douro Park.

Soube bem ouvir da parte de diversas entidades, das quais destaco o Governo e o Presidente da República, palavras de reconhecimento e incentivo.

Sobre o futuro da UTAD, diria que muita coisa vai depender da permanência do espirito reformador evidenciado nos últimos quatro anos.
 
Vila Real, Portugal, novembro de 2016
José Albino da Silva Peneda

domingo, novembro 06, 2016

Agronegócio na Amazônia

Embrapa Rondônia realizará leilões públicos dias 12 e 19 de novembro em Porto Velho.

sábado, outubro 29, 2016

PEC INJUSTA E SELETIVA!



“A PEC 241 é injusta e seletiva. Ela elege, para pagar a conta do descontrole dos gastos, os trabalhadores e os pobres, ou seja, aqueles que mais precisam do Estado para que seus direitos constitucionais sejam garantidos. Além disso, beneficia os detentores do capital financeiro, quando não coloca teto para o pagamento de juros, não taxa grandes fortunas e não propõe auditar a dívida pública”, afirma nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), divulgada nesta quinta-feira, dia 27 de outubro.

quarta-feira, outubro 19, 2016

Ministro profere aula magna na UTAD



​No próximo dia 21 de outubro, sexta-feira, o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, estará em Vila Real, no Regia-Douro Park – Parque de Ciência e Tecnologia de Vila Real (RDP) e na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).
Do programa da visita fazem parte uma apresentação da Plataforma de Inovação da Vinha e do Vinho, instalada no RDP, que inclui um encontro com empresários e investigadores. Segue-se, já na UTAD, uma sessão plenária com vista a conhecer os principais projetos de IC&DT financiados pelo Norte 2020, em desenvolvimento nesta instituição.
O programa da visita culmina com a inauguração do Edifício de Blocos Laboratoriais, onde estão concentrados a maior parte dos laboratórios de I&D da UTAD. Lançado pelo anterior ministro José Mariano Gago, este centro de competências laboratoriais tem diversas valências, de diversas áreas de conhecimento, equipadas com tecnologia de ponta.

Programa:
10H30| Visita ao Regia Douro Parque (Parque de Ciência e Tecnologia de Vila Real)
Objetivo | Apresentação da Plataforma de Inovação da Vinha e do Vinho (financiada pelo Norte 2020), incluindo contacto com empresários e investigadores
11H30 | Sessão Plenária com investigadores da UTAD | Aula Magna UTAD
Objetivo | Intervenção do ministro e apresentação de breve exposição sobre os principais projetos de IC&DT financiados pelo Norte 2020
12H30| Inauguração do edifício dos Blocos Laboratoriais da UTAD.

quarta-feira, janeiro 06, 2016

Tempo

Frio e chuva em Vila Real, Portugal.