quarta-feira, janeiro 31, 2007

Cassol fala da Assembléia, anuncia
obras e mais combate à sonegação
Ao reassumir o governo de Rondônia, depois de poucos dias de descanso, o governador Ivo Cassol deu, esta semana, os primeiros passos para sua segunda administração. Ao falar com jornalistas ontem pela manhã, ele comentou diversos temas que foram desde a eleição da nova mesa da Assembléia Legislativa e seu relacionamento com o Poder Legislativo a partir de agora até o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal e as obras que pretende priorizar a partir de agora. Cassol também comentou – respondendo perguntas de jornalistas – sobre a “Operação Passageiro”, que, segundo o governo, encontrou várias provas de sonegação de impostos por empresas de transporte coletivo. O governador disse que a única intenção da administração estadual é combater a sonegação e que os números já levantados comprovam que o setor declara um faturamento muito menor do real, ocasionando grandes perdas de impostos para os cofres do estado.
Assembléia - Na questão da Assembléia, o governador disse que tem certeza que a Assembléia Legislativa, renovada, terá um relacionamento muito melhor com o Executivo, o que é que ele, Cassol, deseja. Informou seu apoio ao nome do deputado Neodi Oliveira para a presidência da Casa mas deixou bem claro que não tem e nem pretende ter qualquer influência no legislativo estadual. “Os deputados eleitos só devem ter compromissos com o povo que os elegeu. E isso eu espero, com convicção, que eles cumprirão à risca, fazendo o melhor pelo estado de Rondônia.
PAC - Sobre o PAC, Cassol elogiou o programa do governo federal em relação às anunciadas obras das hidrelétricas do rio Madeira mas fez um reparo importante: o PAC nada fala sobre o gasoduto Urucu-Porto Velho. Sem essa obra, o estado poderá ter um prejuízo de mais de R$ 200 milhões anuais. Neste sentido, o governador tem conversado com a bancada federal e com representantes do Poder Legislativo, pedindo apoio para que o gasoduto seja obra incluída nas prioridades do PAC.
Operação Passageiro – Sobre este tema, o governador reafirmou que não está perseguindo ninguém mas apenas cumprindo seu papel de combater a sonegação. “Se não fizesse isso, seria conivente”. Ele apresentou números da realidade do faturamento das empresas – só num período de 20 dias no mês de dezembro foram quase 23 milhões faturados, embora apenas 5,9 declarados – para dizer que a “Operação Passageiro” continuará até o final do ano. Cassol contestou afirmação do Sindicato das empresas do setor de que a operação estaria computando passagens em duplicidade, para chegar a números tão altos. “Nosso sistema não permite o ingresso de dados de duplicidade de passagens”, avisou. Ele disse que vai continuar cumprindo com a missão do governo de fiscalizar qualquer empresa que esteja sonegando impostos, “porque esse dinheiro pertence ao povo de Rondônia”.
Obras – Com seu primeiro mandato sendo marcado por obras importantes, Cassol disse que, no segundo governo, quer fazer muito mais. Anunciou obras importantes em rodovias, como o asfaltamento da ligação Vale do Anari a Machadinho; o mesmo na ligação Cerejeiras-Corumbiara e ainda Cujubim até a BR 364. Anunciou também a intenção de começar ainda este ano as obras do novo Centro Político-Administrativo do estado. O projeto depende ainda apenas da escolha da área onde será construído. E confirmou a abertura da concorrência pública para a construção do Teatro de Porto Velho.
Secretariado – O governador reafirmou que fará mudanças em sua equipe na medida em que achar necessário. “Quem não trabalhar direito, não tiver criatividade e dedicação, não fica no meu governo”, salientou. Mas não adiantou nenhum nome para eventuais mudanças que possam ser feitas.(Decom).

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