O presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, foi office-boy, vendedor de discos e datilógrafo, antes de se tornar o executivo que comanda o maior banco privado do Brasil. Sérgio Amoroso, dono e fundador do grupo Orsa, gigante que possui nove fábricas de papel e embalagens, passou fome em São Paulo e sentiu na pele o preconceito que alguém sem dinheiro pode sofrer. Tão pobre quanto ele era Afonso Celso de Barros Santos, presidente da Avis no Brasil, que cansou de ver a família ser despejada por falta de pagamento de aluguel e que durante um bom tempo ganhou a vida servindo café numa agência bancária. Os abismos econômicos e sociais fizeram do Brasil um país pródigo em histórias de superação. Muitos executivos que atingiram o topo na carreira corporativa trilharam um caminho árduo para alcançar o sucesso. Em comum, eles exibem o orgulho de ter passado por experiências até certo ponto traumáticas. E o que é mais surpreendente: na maioria dos casos, são gratos a elas. “As dificuldades me deixaram certamente mais forte”, diz Cypriano. “Depois do que vivi, passei a acreditar que tudo é possível”, afirma Amoroso.
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