segunda-feira, maio 26, 2008

Seguros para bolsos populares, segundo Geraldo Ramos

Fazer um seguro de vida, residencial ou que garanta o pagamento de compras parceladas e da escola dos filhos, no caso de desemprego, pode ser mais barato que se pensa. Algumas opções oferecidas por corretores custam menos de R$ 20 ao mês e ajudam a dar um pouco de folga às famílias em momentos de sufoco. Bancos já oferecem seguros de vida com custos a partir de R$ 9,90 por mês e apólice em torno de R$ 10 mil. Uma seguradora também tem planos a partir de R$ 9,90, com coberturas de até R$ 15 mil. Em junho, uma estreante chegará ao mercado: (entidade de previdência complementar), lançará um seguro de vida de R$ 1,91 por mês para pessoas com até 80 anos. A indenização chega a R$ 35 mil. - Muitas vezes, as pessoas deixam de ter seguros porque não sabem que existem ou porque acham que são caros - diz o diretor da Fenacor e presidente do Sincor Rondônia, Geraldo Ramos. Segundo ele, além dos seguros de vida, existem modalidades com boa relação entre custo e benefício: - Fazer um seguro residencial com cobertura em caso de incêndio, por exemplo, custa cerca de 0,1% do valor do imóvel. É barato e muita gente desconhece. Preço não deve ser o único critério de escolha .Um banco tem seguros residenciais com cobertura de incêndio, danos elétricos e roubos. O usuário também pode contar com serviços de profissionais como chaveiro, vidraceiro, eletricista e bombeiro. O custo, no Rio, é a partir de R$ 85,90 por ano para uma garantia de até R$ 200 mil, em apartamentos. O valor sobe para R$ 129,25 ao ano, para coberturas de até R$ 400 mil. Em casas, a anualidade sai por R$ 93,42, no caso de um imóvel de R$ 200 mil; e por R$ 135,30, para um de R$ 400 mil. Outro seguro comum e de custo baixo é o prestamista, que consiste em quitar financiamentos em caso de morte ou desemprego do contratante. - Se o cliente fez um financiamento de 12 meses e pagou até terceira parcela, por exemplo, terá as próximas seis quitadas caso fique desempregado ou sofra um acidente. O preço varia de 3% a 10% do valor do bem, dependendo do produto. E pode ser diluído no valor das prestações - explica. Geraldo lembra que não é apenas à compra de eletrodomésticos e eletrônicos que o seguro prestamista se aplica: - Às vezes ele é exigido no aluguel de um imóvel, quando o locador não tem fiador. Ou pode ser uma boa opção quando se faz um financiamento de longo prazo, como a compra da casa própria. Apesar dos preços de seguros estarem cada vez mais atraentes, especialistas alertam que é preciso ter consciência na escolha. Geraldo conta que tem gente que já foi vítima de opções erradas: - Teve um acidente de carro três anos atrás. Fez uma cirurgia e perdeu parte da audição. Na época, tinha uns dez tipos de seguro de vida e acidentes pessoais, desses que você vai contratando com o cartão de crédito ou em campanhas de bancos. Quando foi ver, nenhum deles cobria invalidez no meu caso, só em acidente de trabalho. Um especialista em finanças pessoais diz que a escolha do seguro de vida deve levar em conta despesas e sonhos futuros, como a reforma da casa e o estudo dos filhos. - Se você tem um gasto mensal de R$ 2 mil, o correto é ter um seguro que garanta uma apólice de R$ 400 mil. É o suficiente para que o dinheiro renda R$ 4 mil por mês em 30 anos. Metade, cobre os gastos da família. A outra parte deve ser guardada como poupança - ensina. Um estofador contratou um seguro de vida com prêmio mensal de R$ 9,94 e apólice de R$ 10 mil. Com mulher e três filhos, ele tem gasto mensal familiar de R$ 1.000. - O valor da indenização não é muito grande, mas daria para segurar as contas por uns dez meses - calcula.

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