segunda-feira, dezembro 08, 2008

Instituto anuncia doação de calcário

Agricultores de Rondônia vão receber calcário de graça, para corrigir o solo. A doação de mais de mil toneladas, foi determinada pelo Ibama, que interditou uma jazida de minério no Estado.A única jazida de calcário de Rondônia fica em Espigão D’Oeste, a 540 km de Porto Velho. Está arrendada para uma empresa de exploração de minério até 2018. Em março deste ano, a mina foi interditada pelo Ibama. Segundo fiscais do Instituto, esta gruta estava sendo destruída durante o processo de extração de calcário.O gerente da empresa nega. “A empresa só teve conhecimento dessa gruta mediante exploração, porque, até então, não aparecia nenhuma abertura existente mostrando que no local haveria uma gruta”, afirmou o gerente da jazida.Com a interdição, até o calcário moído na mineradora não pode ser retirado. A jazida tinha quase mil clientes. Noventa por cento são produtores rurais de Rondônia que ficaram sem calcário para corrigir a acidez do solo e plantar a próxima safra. “O calcário nesses solos é obrigação. Você não consegue fazer agricultura sem a correção do solo”, explicou a Embrapa.De 150 mil hectares prontos para cultivo em Rondônia, 120 mil precisam ser corrigidos, segundo dados da Embrapa e da Emater em Rondônia. Por isso, o Ibama determinou que 1300 toneladas de calcário moído fossem doadas à Emater para a distribuição entre os produtores.A retirada do minério começou a ser feita em Espigão D’Oeste. Técnicos do Ibama acompanharam o carregamento das primeiras carretas que vão seguir para a capital e para os municípios de Pimenta Bueno, Rolim de Moura e Alvorada do Oeste. Nesta primeira etapa serão doadas 54 toneladas de calcário. A Emater fala que cerca de mil agricultores vão ser atendidos.“Nós estamos priorizando aquele agricultor que já esteja com a área pronta para receber esse calcário e também aquele agricultor que tenha condições de custear o transporte da usina até a sua propriedade”, disse a Emater.O calcário doado pela Emater será usado na recuperação de pastagens e na preparação do solo para o plantio de milho e feijão, que deve começar em janeiro.

Nenhum comentário: