sexta-feira, março 16, 2007

Novos ministros

Em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença dos deputados Eduardo Valverde (PT-RO), Lindomar Garçon (PR-RO) e Natan Donadon (PMDB-RO), o presidente Lula deu posse nesta sexta-feira (16) a três novos ministros: Tarso Genro (Justiça), Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) e José Gomes Temporão (Saúde). Eles substituem Márcio Thomaz Bastos (Justiça), Pedro Brito (Integração Nacional) e Agenor Álvares (Saúde). Lula elogiou os ministros que deixam o cargo. Márcio Thomaz Bastos, da Justiça, foi o mais citado pelo presidente. “O Brasil é grato por um dia você ter aceito ser ministro da Justiça deste país", afirmou Lula. Depois brincou. "E você certamente vai continuar sendo meu advogado, porque quem já foi governador, prefeito, sabe que os processos aparecem quando a gente deixa o cargo”. O presidente disse que a decisão sobre os ministros que vão compor o seu segundo governo é de sua responsabilidade. O comentário foi em resposta à pergunta dos jornalistas se ele irá manter a indicação de Odílio Balbinotti (PMDB-PR) para o Ministério da Agricultura. O nome de Balbinotti foi sugerido pelo PMDB. Lula teria aceitado a indicação para agradar ao partido, mesmo sem conhecer o deputado pessoalmente. A indicação, no entanto, perdeu força depois de descoberto que Balbinotti vem sendo investigado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) por crime de falsidade ideológica em declaração que ele teria prestado ao Banco do Brasil para obter condições especiais de pagamento de empréstimo na década de 90. O PMDB está inclinado a trocar o nome do ministro caso perceba resistências do presidente em nomeá-lo. Balbinotti também não conta com o apoio da bancada ruralista na Câmara que o considera muito "apagado". Em 12 anos de mandato, ele apresentou apenas dois projetos de lei no Congresso, não conseguiu aprovar nenhum. Ele ainda é adepto do nepotismo - tem parentes contratados no seu gabinete na Câmara. O nepotismo não é ilegal, mas é eticamente condenável.

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