Recepcionado pelo governador Magi (MT), o governador Ivo Cassol, de Rondônia, conheceu o campo de provas da Fundação Mato Grosso, na Fazenda SM-2, entidade privada que congrega os principais produtores daquele estado para desenvolver novas variedades de cultivares de soja, milho e algodão sem agredir o meio-ambiente, utilizando tecnologia de ponta para aumentar a produtividade de grãos, que na região chega a 60 sacas por hectare em 90 dias de cultivo e resistente à umidade, enquanto no estado de Rondônia não chega a 50 sacas em 140 dias, isso quando a safra é boa e as chuvas colaboram.“Mato Grosso é o principal produtor de soja do país, mas os custos de produção estão muito altos, além do dólar em baixa e a logística de distribuição, por isso o produtor precisa tomar muito cuidado e não se iludir”, disse o presidente da Aprosoja durante palestra aos produtores. Cassol e comitiva viram de perto os cultivares de soja que estão sendo desenvolvidos pelo Centro de Pesquisas da FMAT e a grande diferença que existe entre a soja normalmente cultivada no estado e as geneticamente modificadas, que resistem à ferrugem e herbicidas, crescem mais rápido e produzem cerca de 30% mais. “A tecnologia está sendo desenvolvida neste centro de pesquisas para aumentar a produção de grãos sem aumentar o desmatamento, e é isso que o produtor dever buscar. Pode ter certeza que terá todo apoio do Governo do Estado de Rondônia”, disse Cassol. Na oportunidade foi lançada a Soja Inox, uma variedade testada e aprovada no Centro, que resiste à ferrugem asiática, principal doença que ataca a soja, sem aplicação de produtos químicos. Segundo Dario Hiromoto, pesquisador responsável, a semente deverá estar sendo comercializada dentro de um ano. Cassol também falou dos dados divulgados erradamente pelo Ministério do Meio Ambiente, e posteriormente desmentidos pelo Inpe, que apontou Rondônia como um dos principais estados que desmatou no ano passado.“Madeireiro não é bandido. Em nosso estado o desmatamento diminuiu cerca de 70% desde que assumimos a questão ambiental, o que foi desmatado está em área federal; nossa pecuária e nossa agricultura estão crescendo a cada ano com ações e programas do Governo e com estas novas tecnologias que viemos conhecer e levaremos para Rondônia vamos crescer ainda mais, mesmo com toda interferência do Ministério do Meio Ambiente e do Ibama, que são incompetentes, não cumprem com suas obrigações e ainda nos atrapalha com politicagem e dados inverídicos. Não existe nenhum projeto para preservação da Amazônia. Se querem preservar tem que pagar, nós viemos para cá para ocupar e agora somos taxados de ilegais”, finalizou Cassol, que falou ao vivo pelo canal Terra Viva, especializado em programas agropecuários, que transmitiu o evento para todo o Brasil.
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