Pela primeira vez em muitos anos, o ministro da Fazenda recebeu ontem, em Brasília, uma comitiva do mercado de seguros, saúde, vida e previdência, capitalização e também e corretores. Cerca de 30 executivos, entre eles o titular da Susep (Superintendência de Seguros Privados), Armando Vergílio, o presidente da Fenaseg (Federação das Seguradoras), João Elísio, o presidente da Fenacor, Roberto Barbosa, e os representantes das federações (vida e previdência, saúde, seguros e capitalização). Vergílio apresentou ao ministro o cenário atual do setor e o pretendido caso o governo apoie a agenda apresentada por todos os representantes. "Foi um encontro muito positivo e todos nós ficamos satisfeitos com o discurso do ministro de que colocará a sua equipe para avaliar a agenda que apresentamos. Ele disse que o setor é prioritário para o governo Lula em razão da inclusão social que possibilita, além de garantir o crescimento do País de forma sustentada ao repor perdas financeiras", disse Vergílio. Segundo ele, Mantega se comprometeu a atender ao que for viável dos pleitos apresentados pelo setor e cobrou dos representantes esforços para que a meta de dobrar a participação para 6% do PIB aconteça até 2011. "O ministro está empolgado com o microsseguro", disse José Luiz Valente, membro da comissão que estuda o assunto na Fenaseg. Um ponto importante tratado entre os executivos do setor com o ministro foi aumentar a estrutura da Susep e ele se comprometeu a ver a questão com seriedade, informaram executivos presentes. A Susep já vinha operando com déficit de recursos, funcionários e até mesmo de espaço físico nos últimos anos. Agora tem outras atribuições, como fiscalizar cerca de 80 novas empresas, entre resseguradoras e corretores de resseguros, informou Vergílio. Em junho a autarquia deverá mudar para o prédio do Banco Central, no Rio, e está previsto um concurso público para a contratação de 250 servidores. Entre os temas da pauta estavam o novo mercado de microsseguros, a massificação do seguro popular de automóvel para veículos com mais de seis anos de fabricação; incentivos para planos de previdência voltados para a saúde e educação, além de incentivos fiscais para estimular as pequenas e médias empresas a contratarem planos de previdências aos seus funcionários, citou Antonio Cássio, presidente da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) e da Mapfre Seguros. O representante da Fenacor solicitou ao ministro a inclusão dos corretores na tributação Simples, um pleito da categoria há vários anos e até agora ignorado. A Fenacor também quer criar um conselho federal para os corretores. "Nossa intenção não foi fazer grandes reinvidicações e sim explicar ao ministro o que é o setor de seguros e fazer com que ele perceba a importância da atividade para o País", diz Vergílio.
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