sexta-feira, março 16, 2007

Seguros

Mais uma seguradora se organiza para começar a operar a partir de janeiro de 2008. Ainda sem nome e sem acionistas definidos, a nova companhia vai operar apenas com o seguro obrigatório DPVAT. "A idéia é que haja uma reformulação no modelo de gestão deste seguro para que se adote as práticas de governança já praticadas pelas companhias", adiantou ao blog o diretor da Fenacor e Sincor Rondônia, Geraldo Ramos. O seguro obrigatório indeniza vítimas de acidentes de trânsito. No ano passado, os prêmios totalizaram R$ 2,9 bilhões, crescimento de 49%. Cerca de 65 seguradoras operam com o convênio, para que a população tenha uma rede pulverizada para solicitar a indenização. A criação da seguradora não irá alterar as participantes do convênio, a não ser que as empresas tenham a estratégia de deixar de operar com o DPVAT, como já fizeram algumas estrangeiras como AGF, Metlife, HDI, Royal & SunAlliance.Uma seguradora líder terá a responsabilidade de administração do consórcio, como receber o prêmio e regular o sinistro", explicou Geraldo Ramos, afirmando que ainda não está definido quem será. A Bradesco Seguros é a maior, com 18% de market share e prêmios de 524 milhões. A Itaú é a segunda maior, com R$ 291 milhões, com sua participação tendo sido reduzida de 11,7% em 2005 para 10% em 2006. A Unibanco AIG vem em terceiro, com 235 milhões, alta de 33% na arrecadação e queda de um ponto percentual no market share, para 8%. A SulAmérica é a quarta, com R$ 189 milhões. Quem quer que participe terá o custo de abertura de uma seguradora, cujo capital mínimo antes das novas regras era de R$ 7,4 milhões. O valor do prêmio arrecadado com o DPVAT é repassado da seguinte forma: 45% para o Fundo Nacional de Saúde, pelo atendimento prestado às vítimas de trânsito; 5% para o Denatran, para custeio de campanhas; 0,65% para a Funenseg e 1,19% para a Susep. O restante é para pagamento das indenizações e custos operacionais. Depois dos repasses, ficou na companhia R$ 1,4 bilhão em 2006. Desse valor, R$ 1,17 bilhão foi pago em indenizações e R$ 246 milhões com gastos com a operação. Restou um déficit de R$ 26 milhões, retirados das reservas técnicas do seguro compostas pelo ganho financeiro que a operação proporciona. Em 2006, o consórcio pagou 193 mil indenização. "Uma a cada três segundos", disse.

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