O microseguro poderá inserir no mercado até 100 milhões de pessoas, que hoje não têm acesso a esse tipo de garantia. A estimativa é do titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Armando Vergílio, que viajará para a Índia, até o final do ano, para conhecer o modelo local de seguros para as classes de menor poder aquisitivo: essa ferramenta é muito importante para se criar uma rede de inclusão social. Precisamos de ações sinérgicas entre o governo, através da Susep, e o setor privado, para viabilizar o microseguro, acrescentou Armando Vergílio, segundo o qual várias grandes seguradoras já demonstram interesse em operar nesse segmento. Armando Vergílio participou, no final da semana passada, do XV Congresso Brasileiro dos Corretores de Seguros, realizado em Vitória (ES), onde reafirmou o interesse do governo em incentivar a comercialização o microseguro. Segundo ele, os próprios corretores deverão explorar esse novo nicho e vê-lo como uma janela de oportunidade. Por seu turno, o diretor da Fenacor e presidente do Sincor-Rondônia, Geraldo Ramos, também acredita que a venda do microseguro pode começar já em 2008: esse também será uma das molas propulsoras do mercado de seguros, contribuindo para o alcance da meta de duplicação da fatia do setor no PIB, que deve chegar a 6% em 2011, observou. Armando Vergílio assegura que a Susep tem muita vontade política para fazer as mudanças necessárias, inclusive através de gestões junto a outros órgãos governamentais, tais como a Receita Federal. Nesse sentido, ele citou o caso do seguro popular para automóveis, a possibilidade de redução da alíquota de 7% do Imposto sobre operações Financeiras (IOF) incidente sobre o valor do prêmio, percentual que considera muito pesado. Além disso, admitiu defender propostas de alterações na legislação, incluindo a que não permite a utilização de peças de reposição não originais nos casos de perdas parciais. Ele frisou ainda que é importante realizar pesquisas de campo para apurar as reais necessidades de cobertura da população carente. Armando Vergílio acredita que a Escola Nacional de Seguros (Funenseg) está pronta para cumprir essa tarefa. No congresso de Vitória, o superintendente da Susep disse ainda que a autarquia vai regulamentar também a atuação das cooperativas de corretores de seguros: a decisão já foi tomada pela diretoria da Susep. Isso trará grande impacto para o mercado, acentuou. Ele admitiu ainda rever as normas da própria Susep que estabeleceram novas regras para o seguro de pessoas e que vêm causando muita polêmica no mercado. Segundo Armando Vergílio, é moderno rever posições. O superintendente da Susep anunciou ainda mudanças nos prazos e limites para o enquadramento de empresas do setor nos novos modelos de margem de solvência estabelecidos pelo órgão regulador. Os percentuais passarão a ser de 15% até janeiro de 2008; mais 25%, no segundo ano; mais 30%, no terceiro; e mais 30% até dezembro de 2011. Fonte: Jornal do Commercio/Ronseg, corretora de seguros (69) 3222-0742.
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