domingo, novembro 11, 2007

Seguros: nova onda de fusões

O mercado brasileiro de seguros está prestes a passar por fortes mudanças, que devem, inclusive, gerar uma nova onda de fusões e incorporações. A compra da seguradora Indiana pelo grupo norte-americano Liberty foi apenas a primeira iniciativa nesse sentido. Esse novo cenário é gerado, entre outros motivos, pela vigência das novas regras de solvência estabelecidas pela Susep no final do ano passado. O setor caminha para uma onda de fusões e aquisições em decorrência da provável dificuldade que as pequenas e médias seguradoras enfrentarão para se capitalizar ou mesmo alterar seu plano de negócios no prazo determinado pela autarquia: hoje, o mercado tem cerca de 120 seguradoras em atividade. Mas, pode-se apostar que esse número deverá apresentar redução de 20 a 30 companhias. Esse processo de enxugamento do mercado é natural pois a expansão global mostra que crescer é o único caminho e que, em período de intensa globalização econômica, tamanho é documento. As lideranças dos corretores de seguros (leia-se Sincor-Rondônia e diretoria) estão alertas para garantir os direitos da categoria, independentemente da empresa onde estiver o seguro. A tendência de concentração do mercado não assusta os corretores de seguros, desde que as companhias se façam competitivas e tenham bons produtos a oferecer. A redução do número de seguradoras que hoje operam no mercado não provocará uma concentração no mercado. O setor já está bastante concentrado, com as cinco maiores empresas respondendo por cerca de 50% do volume movimentado no mercado. Os novos controladores deverão conservar a personalidade jurídica das empresas adquiridas. Dessa maneira, poderão, inclusive, fugir dos efeitos das leis antitrustes. Cita-se o exemplo da compra da Indiana pela Liberty, lembrando que as duas seguradoras terão operações complementares, ambas no mercado de automóveis: a Indiana, por meio de acordos com concessionárias de veículos, é forte no segmento de carros novos. Já a Liberty é mais focada no segmento de seminovos. Fonte: Jornal do Commercio, Rio. Serviço: (69) 3222-0742.

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