terça-feira, dezembro 11, 2007

Hidrelétrica: Cassol admite que RO poderá perder arrecadação

O governador de Rondônia, Ivo Cassol acompanhou ontem in loco, aqui em Brasília, na Agência Nacional de Energia Elétrica, o leilão da Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira. Cortejado pelo governo federal por causa dos votos que pode obter a favor da CPMF em sua bancada no Senado, Cassol aproveitou e fez pressão por medidas para compensar o Estado por perdas que terá com a construção da linha de transmissão Jauru-Vilhena-Samuel. Essa linha conectará Rondônia ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Segundo Cassol, o governo do Estado deixará de arrecadar, com a construção da linha (que não tem relação com a futura energia da usina Santo Antônio), cerca de R$ 175 milhões de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por ano. A perda ocorreria, segundo o governador, porque, com ela, Rondônia receberia eletricidade procedente de outros Estados. Dessa forma, não precisaria mais usar suas termoelétricas a diesel e deixaria de receber os recursos da Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), que financia a compra do óleo usado nas térmicas dos sistemas isolados. A perda de R$ 175 milhões seria equivalente à queda da arrecadação do ICMS cobrado do diesel. Uma das soluções apontadas pelo governador seria a retomada do projeto de construção do gasoduto Urucu-Porto Velho, que levaria o gás para produzir energia no Estado. Uma das licenças para a construção da linha tem de ser dada pelo governo de Rondônia. O governador chegou a pedir a edição de uma medida provisória (MP) para compensar a perda de arrecadação que, segundo ele, será causada pela construção da linha de transmissão. "Essa linha é inconstitucional, está dando prejuízo para o Estado. Quero que eles façam uma medida provisória que não dê prejuízo para Rondônia", disse.

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