O aumento das fraudes é uma questão que tem preocupado todo o mercado de seguros há anos. Uma pesquisa divulgada recentemente mostra que as pessoas fraudam principalmente porque acreditam que não serão descobertas e por não haver uma punição maior para os envolvidos. O valor das fraudes no Brasil chega a R$ 5 bilhões por ano. Nos Estados Unidos, ultrapassa a casa dos US$ 24 bilhões. Nos EUA, descobriu-se que um em cada quatro americanos acredita que é aceitável fraudar uma companhia de seguro. A metade dos entrevistados (49%) afirma que as pessoas cometem uma fraude porque sabem que vão sair impunes. O mercado brasileiro tem características semelhantes ao dos EUA. A análise de estatísticas da Fenaseg (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização) realizou uma pesquisa que identificou que todos têm conhecimento sobre a existência de fraudes nas apólices. Mas nem todos estão cientes de eventuais punições se a ocorrência for descoberta. Dos entrevistados, 43% acham que não serão pegos descobertos; 24% dizem que, mesmo sendo pegos, não serão punidos. O crescimento das fraudes também traz prejuízo para os segurados. Estima-se que 20% das indenizações pagas correspondem a sinistros fraudulentos. Essa diferença acaba repercutindo no preço do seguro para os consumidores. Seguradoras como a AGF Seguros, por exemplo, realizam programas com o objetivo de minimizar o problema. “Criamos um departamento específico para prevenção, controle e combate à fraude. Simultaneamente, a nossa área de Tecnologia da Informação entregou uma ferramenta que realiza a verificação automática de cada sinistro. O processo passa por um filtro contendo algumas métricas, que pontua e indica eventuais anormalidades. Na seqüência, esse processo é direcionado eletronicamente ao especialista que realiza a análise”, explica a AGF Seguros que está trabalhando intensamente na busca constante do aprimoramento profissional dos auditores e que, desde a implantação do programa, há dois anos, já houve uma melhora expressiva na comprovação das fraudes. Outro destaque é o fato de terem conseguido aprimorar a qualidade das provas para eventual representação criminal. Em conversa com este blog, o presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de Rondônia (Sincor-RO), Geraldo Ramos, comentou que esse é um grande problema no mercado de seguros. Ele ressaltou que o Sincor-RO vem trabalhando essa questão junto com os corretores.
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