Rio, 9 ago (EFE).- O presidente Lula classificou hoje a cúpula do Mercosul realizada na semana passada na Argentina como a mais produtiva em oito anos e destacou os avanços conquistados nas reuniões com os presidentes da Argentina, Cristina Fernández de Kirchner, e Venezuela, Hugo Chávez. Lula aproveitou a edição de hoje de seu programa semanal de rádio "Café com o Presidente" para fazer um balanço da agenda internacional da última semana, que incluiu a cúpula do Mercosul na segunda-feira na cidade argentina de San Juan, um encontro com Cristina nesse mesmo dia, uma visita a Caracas na sexta-feira e a posse do novo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos. "Posso dizer que foi, possivelmente, uma das melhores cúpulas das quais já participei em toda a história do Mercosul", afirmou o líder brasileiro ao referir-se à reunião dos governantes do bloco na segunda-feira passada. "Como foi a reunião mais produtiva nos oito anos em que participo das cúpulas do Mercosul me dá a impressão de que, pela primeira vez, todos tivemos a consciência da real importância de fortalecer o Mercosul", acrescentou. Após seis anos de negociações, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, os membros plenos do bloco, alcançaram nesta cúpula um acordo definitivo sobre pontos chaves do código aduaneiro comum, além de concordar com o livre comércio com o Egito. As nações resolveram antigas disputas sobre a distribuição da renda aduaneira, assim como a dupla cobrança da Tarifa Externa Comum (TEC) "O fim desta tarifa abre espaço para que consolidemos a união aduaneira, prevista desde 1994", afirmou Lula. "O outro passo para que possamos implementar finalmente a união aduaneira foi a aprovação do código aduaneiro do Mercosul. Estas duas medidas vão ser muito importantes para melhorar o comércio regional", acrescentou. O governante destacou a aprovação durante a cúpula de créditos por US$ 795 milhões para nove projetos de desenvolvimento regional que beneficiarão Paraguai e Uruguai. Sobre a reunião com a presidente argentina, Lula destacou os esforços para pôr em prática conjuntamente projetos e propostas de cooperação para "o uso pacífico da energia nuclear". Acrescentou que um desses esforços é o desenvolvimento conjunto de um reator nuclear multiuso para pesquisas, "que vai ajudar no tratamento de muitas doenças, para atender pacientes no Brasil, Argentina e, possivelmente, em outros países".
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