sábado, agosto 07, 2010

Mercosul quer acordo, compreensão e equilíbrio

San Juan (Argentina), 3 ago (EFE).- Os presidentes dos países do Mercosul disseram nesta terça-feira que buscam um acordo "compreensivo e equilibrado" com a União Europeia (UE) e apostaram em fortalecer as negociações externas do bloco."Os chefes de Estado lembraram que o objetivo do Mercosul é obter um acordo compreensivo e equilibrado que proporcione às duas regiões benefícios em termos de comércio, crescimento e emprego", diz um comunicado conjunto emitido ao final da cúpula dos presidentes do Mercosul na província argentina de San Juan.Técnicos dos blocos sul-americano e europeu retomaram as complexas negociações para um acordo de associação política e comercial no final de junho em Buenos Aires, depois de definir sua retomada em maio, em Madri, após seis anos. Os presidentes decidiram também que o Paraguai terá "tratamento diferenciado" em negociações entre o bloco e terceiros países ou grupo de nações por causa de sua "condição geográfica de país sem litoral marítimo e por seu menor grau de desenvolvimento econômico". Os governantes também pediram a continuação da implantação de "medidas concretas de apoio à Bolívia - país associado ao bloco - em vista das dificuldades econômicas e sociais, que significam a perda de mercados pela suspensão unilateral das preferências tarifárias extrarregionais". Neste sentido, os presidentes de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, estabeleceram a continuação das medidas adotadas para que esses países absorvam em 2011 até US$ 30 milhões em exportações bolivianas.Quanto à incorporação da Venezuela, defenderam "uma rápida conclusão do processo de adesão", que ainda não aconteceu devido à rejeição do Parlamento do Paraguai, de maioria opositora, à entrada do país.Os presidentes destacaram a "forte recuperação" dos países da região frente aos efeitos da crise internacional e os acordos conseguidos dentro do bloco, como a eliminação da dupla cobrança da Tarifa Externa Comum e a distribuição da renda aduaneira, assim como a aprovação do Código Alfandegário.

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