SAN JUAN — O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ressaltou nesta segunda-feira (2) o compromisso do Brasil com o Mercosul com a integração regional, em busca do avanço nas áreas de cooperação por uma relação mais efetiva.Amorim, que chegou pouco depois do início da 39ª Reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, órgão de decisão política do bloco, ainda chamou atenção à necessidade de se ter um "cronograma" para a implementação plena da união aduaneira e a consolidação da Tarifa Externa Comum (TEC) para a importação a partir de terceiros países.O ministro acrescentou que espera ter neste segundo semestre do ano, quando o Brasil desempenhará a presidência temporária do bloco, uma definição do Código Aduaneiro do Mercosul.O chanceler defendeu ainda outro cronograma sobre um mecanismo de contratações públicas dentro do Mercosul e o avanço em protocolos relacionados ao tratamento nacional de investimentos entre países-membros do grupo. Amorim reiterou ainda que "as exclusões devem ser a exceção".Outra postura defendida pelo brasileiro é o aumento do uso das moedas locais no comércio regional, onde atualmente apenas 4% são realizados com esta modalidade.Sobre a retomada das negociações com a União Europeia (UE), por um acordo de livre comércio, o diplomata mencionou que o Mercosul fez uma "excelente" oferta e agora espera-se uma resposta.Por outro lado, destacou que as negociações externas sejam projetadas sobre outras nações em desenvolvimento, que crescem mais que as desenvolvidas.Outro ponto destacado pelo ministro foi a Copa do Mundo de 2010, cujas seleções das nações integrantes do bloco chegaram às quartas de final, como uma "torcida" comum, atitude solidária que se pode projetar "sobre todo o processo de integração regional".A 39ª Reunião do Conselho do Mercado Comum (CMC) do Mercosul, iniciada às 10h30 locais (mesmo horário de Brasília), antecede a Cúpula de presidentes dos países-membros do Mercosul e Estados Associados. Na sessão ampliada do CMC estarão presentes, além dos chanceleres, os ministros da Justiça e do Interior.Integram o bloco como membros plenos Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, além de Venezuela em processo de incorporação. Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru participam como nações associadas.Ao final da cúpula desta terça-feira, também em San Juan, a Argentina transmitirá a presidência de turno do Mercosul para o Brasil, que a ocupará até dezembro de 2010.
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