quarta-feira, julho 11, 2007

Corretor de seguros nas agências do BB

O já concorrido mercado de seguros de automóveis promete ficar ainda mais disputado". Com planos ambiciosos e vontade de figurar "entre as três maiores do setor até 2009", a "BB Seguros/Brasil veículos" avança em suas metas de crescimento e quer a dianteira do setor. Mostrando que a "frota de 720 mil veículos segurados" e "taxa de fidelização, ou seja, de renovação da apólice, de 80%" ; no ano, "acumula taxa de sinistralidade de 63%, pouco acima dos 62% do mesmo período do ano passado". Os números e a carteira do Banco do Brasil impressionam. Vejam as informações colhidas da matéria do Jornal Valor Econômico: "Para ganhar mais clientes, a meta é explorar a base de 24 milhões de clientes do próprio Banco do Brasil. "É uma rede que sabe reagir quando bem estimulada". Para isso, criou plano de incentivos aos funcionários do banco para a venda e adicionou uma série de serviços à tradicional apólice que cobre roubo e acidentes". "O mercado de seguros de autos tem andando de lado ultimamente. Para ganhar clientes, as seguradoras acabam baixando os preços das apólices. Este ano, até maio, o mercado registra queda de 2,8% nos prêmios retidos, que somaram R$ 5,4 bilhões. A Brasilveículos conseguiu ir na contramão e crescer 2,5% no mesmo período, com faturamento de R$ 341,6 milhões. Com isso, ultrapassou a Tokio Marine e subiu uma posição no ranking, ocupando agora o sexto lugar". "A Brasilveículos é uma das poucas que resolveu apostar no seguro popular, que reduz as coberturas para cobrar um preço cerca de 30% mais baixo que um seguro tradicional. Foram comercializadas 12 mil apólices em pouco mais de dois anos, voltadas para carros com mais de dez anos de uso". Em agosto, lança produto parecido para o mercado caminhões. Estima-se que 60% da frota nacional não tenham seguros. O seguro é oferecido no modelo de co-participação. O proprietário do caminhão paga 50% em caso de perda parcial e 25% em caso de perda total. A seguradora promete oferecer a apólice com preço até 35% mais baixo". Além disso, que foi copiado na íntegra do referido jornal, inclusive alguns tópicos abaixo, temos: - Vai concentrar as ações no Estado de São Paulo, onde detém 2,7% dos prêmios. - Um aumento de 9,3% nos prêmios, frente a 3% do mercado. - A BB Seguros/Brasilveículos foi criada há dez anos em uma parceria do BB (30% do capital) com a SulAmérica (70%) exclusivamente para operar no segmento de autos. Só o setor responde por 35% dos prêmios do mercado de seguros no Brasil. Mas a pior informação diz respeito ao corretor: - "Para os corretores independentes, uma má notícia. A seguradora pretende continuar com seu modelo atual de negócios, que usa somente a corretora do Banco do Brasil para vender os seguros. O banco tem ao todo 15 mil pontos de atendimento, incluindo quatro mil agências". ( grifo acrescentado) .Essa informação demonstra o que há muito tempo temos informado. Formalizando o desinteresse pela atuação do corretor em suas agência, no que diz respeito ao produto automóvel. Focando sua atuação na intermediação feita pelo próprio funcionário. Revelando sua estratégia comercial sem laços com as corretoras de seguros de todo o País; se bem que na área saúde esteja abrindo para alguns corretores em poucos Estados. Um banco público, com agências em todo Brasil, com valorização de suas necessidades sociais e econômicas, e que detém, segundo o mesmo jornal, 30% do controle acionário da seguradora, não deveria atuar sem a presença do corretor. O corretor é uma peça essencial na relação de consumo do seguro. Fato não contestado pela maior seguradora brasileira - B R A D E S C O, que tem no canal corretor a sua força de atuação no mercado de seguros. Além disso, a atuação de outras seguradoras, como a P O R T O S E G U R O , exemplo de trabalho conjunto com o corretor, são prejudicadas pela atuação isolada do banco público. Alguns pontos devem ser revistos: - Se o banco é público, a sua atuação deve ser social. - Se o banco não tem corretor atuando, não garante que não está ferindo os códigos brasileiros - principalmente no que diz respeito ao consumidor. Afinal, por melhor intenção que acredito ter nessa forma de atuação, lidar com mais de 20 milhões de clientes, na busca da expansão, deve inserir o desejo da atuação de um intermediários sem vínculos empregatícios com esta seguradora. Demonstrando que a venda é técnica, e que não houve vínculo com outras necessidades do cliente/correntista do banco. - Se o banco onde se comercializam os produtos é público, não deveria pensar que o consumidor não conhece o seguro? Que o funcionário, ainda que saiba vender, não é o profissional da corretagem? Assim, o que incomoda o profissional da corretagem não é o aspecto do crescimento desta seguradora. Não são as metas comerciais que pretende cumprir até 2009. Não é tanto o desvinculo com este profissional da corretagem. Porém, o relacionamento direto com o consumidor é o aspecto mais importante da necessidade do intermediário corretor. Aqui fica o apelo de um corretor de seguros à diretoria do Banco do Brasil/Brasilveiculos: - Pelo trabalho relevante no campo social, demonstrado pela sua participação nos números do seguro, abram as portas das agências para que os corretores atuem. Fonte: Valor Econômico.

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