O seguro de automóvel, que em 2007 apresentou uma expansão pífia, deve dar resultados mais expressivos este ano. A previsão é de que a receita do mercado avance entre 10% e 15%, atingindo a soma de R$ 17 bilhões ou R$ 17,5 bilhões, pelos cálculos da Federação Nacional de Seguros Gerais. O ano será maravilhoso, porque as seguradoras vão acompanhar mais de perto o crescimento apresentado pela indústria automotiva, que só em janeiro teve expansão de 40% nas vendas, comparadas ao mesmo mês do ano passado. Confirmando-se a projeção positiva, a carteira de automóvel desta vez terá maior densidade entre os seguros de danos, respondendo por uma participação de 55% a 60% da receita anual. Ela identifica uma norma da Superintendência de Seguros Privados (Susep), exigindo antecipação de receita, e uma queda acentuada dos preços médios do seguro no ano passado como os fatores que mais afetaram o desempenho do seguro de automóvel, levando-o a ter uma expansão mínima no ano passado, comparando-se ao resultado vistoso das montadoras, que bateram recorde de vendas e de produção. Como os dois fatores não vão afetar o mercado este ano, a perspectiva é de forte reação. Nos dois primeiros meses do ano, é muito provável que as vendas apresentem números explosivos, afirma. A Auto da SulAmérica concorda com uma performance positiva do mercado, ao estimar o crescimento de 10% a 12% no ano. Para ela, é mais provável que o mercado, que no ano anterior reduziu fortemente os preços, na casa de 14,5% em média, agora ou corrija ligeiramente os valores dos prêmios ou trabalhe de forma estável durante todo o exercício. Para ela, a pressão de custos, ocorrida com o repique da inflação ou reajuste da mão-de-obra, será um fator que será levado em conta pelo mercado, minando a baixa dos preços. Tudo o que o mercado podia repassar aos preços aos consumidores, tendo em vista os ganhos de produtividade e controle da sinistralidade, ocorreu no ano passado. Agora o viés do mercado será de estabilidade ou até de ligeira alta dos preços, tendo em vista o aumento dos custos das seguradoras, assinalou. O mercado prevê que a sinistralidade da carteira, na faixa média de 65%, não deverá sair dos trilhos, o que colabora para a manutenção dos preços. Um dos fatores da recente queda dos preços foi justamente a redução dos gastos com indenizações, visto que o índice de roubo e furtos de automóveis declinou e, ao mesmo tempo, a recuperação dos carros que são furtados ou roubados avançou, concorda o diretor da Fenacor e presidente do Sincor-Rondônia, Geraldo Ramos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário