terça-feira, fevereiro 19, 2008

Seguro para crédito cresce 41 por cento, sublinha Geraldo Ramos

As vendas financiadas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos vêm se transformando no primeiro contato da população de baixa renda com o mercado de seguro. Além do garantia estendida, que oferece garantia adicional a do fabricante do equipamento, o seguro prestamista, que cobre a inadimplência do tomador de crédito em caso de morte e invalidez, não pára de crescer. Em 2007, registrou expansão 41%, uma das maiores do setor de seguros. Para 2008, espera-se aumento semelhante. Um dos indicadores é que, apesar da forte expansão, apenas 22% das vendas financiadas têm o seguro. No ano passado, o prestamista movimentou R$ 2 bilhões em prêmios, segundo dados divulgados ontem pela Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi). "São pessoas das classes C, D e E que foram inseridas no sistema de crédito oficial", avalia a Fenaprevi e a Mapfre. A seguradora espanhola tem 30% deste mercado e R$ 300 milhões em prêmios em 2007. São nada menos que 10 milhões de clientes. Na Bradesco Vida e Previdência, foram 4 milhões de clientes novos em 2007 graças ao seguro prestamista, segundo a seguradora. Ao todo, a Bradesco tem 16 milhões de clientes, dos quais metade está no prestamista. Os prêmios somaram R$ 80 milhões em 2007. Mesmo com este crescimento, o mercado tem espaço para se expandir mais, incluindo no crédito consignado para o setor privado, onde ainda há poucas operações. O crédito com desconto em folha vem crescendo muito graças ao setor público e aposentados do INSS. Dentro do chamado "seguro de pessoas", o prestamista foi o destaque. Cresceu o sobro do seguro turístico, vendido para viajantes ao exterior, que subiu 21%, com prêmios de R$ 15 milhões. Ainda dentro do balanço da Fenaprevi, o seguro de vida em grupo cresceu 1,5% (R$ 5,6 bilhões) e o individual, 17,3% (R$ 839 milhões). O grande projeto da Fenaprevi para 2008 é o microsseguro, apólices voltadas para a população de baixa renda. O público potencial é estimado em 100 milhões de pessoas. "Na China e Índia, o seguro faz parte de programas do governo federal". Na Índia, por exemplo, o governo comprou comprou apólices de vida e distribuiu para 28 milhões de pessoas de baixa renda. O setor precisa de legislação específica e a própria Superintendência de Seguros Privados (Susep) está empenhada em sua implementação sublinha o diretor da Fenacor e presidente do Sincor-Rondônia, Geraldo Ramos.

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