quarta-feira, novembro 19, 2008

Seguro bagagem não cobre furtos, explica Ronseg

Quem planeja viajar para o exterior deve estudar a contratação de um plano de assistência, que normalmente cobre despesas médicas, jurídicas e seguro de bagagem. Mas atenção às letras miúdas do contrato: se a mala for extraviada ou roubada dentro do aeroporto, o passageiro não receberá imediatamente o valor do seguro. Em geral, essa indenização só é paga 30 dias depois, quando a própria companhia aérea reconhecer a perda. - Há dois tipos de indenização. Uma paga o mesmo valor depositado pela companhia aérea. A outro é um complemento de indenização. Se o valor do seguro de bagagem contratado for de US$ 1,2 mil, por exemplo, e a companhia aérea pagar US$ 400 pela mala perdida, a seguradora paga mais US$ 800, completando o valor contratado - explica a VitalCard. A cobertura por atraso de bagagem é um item à parte no plano de assistência. - Os passageiros costumam confundir o seguro bagagem com essa cobertura por atraso no recebimento da mala. Apenas quem contrata esse item tem direito a um adiantamento para compra de itens básicos, como roupas e produtos de higiene pessoal - diz . Roubos de objetos de dentro da bagagem não são cobertos por qualquer tipo de plano Na Vital Card, por exemplo, poucos planos oferecem a cobertura por atraso de bagagem. No plano mais completo da empresa, com limite de US$ 93 mil em despesas médicas, o seguro de bagagem será de US$ 1.490 de indenização complementar. A cobertura por atraso é de US$ 125 dólares. Para dez dias de viagem à Europa, esse plano custa US$ 67 (cerca de R$ 158 pela cotação do dólar turismo de terça-feira, dia 11 de novembro). Roubos de objetos de dentro da bagagem não são cobertos por qualquer tipo de plano. - É muito difícil comprovar o conteúdo da mala. Nem mesmo as empresas aéreas se responsabilizam - afirma a Travel Ace, serviço de assistência ao viajante. Ela lembra que, em algumas companhias, é possível fazer a declaração de conteúdo de bagagem, pagando uma taxa complementar. (Veja as orientações do Guia do Passageiro da Anac) De acordo com o executivo, o extravio de bagagem e os casos de cobertura por atraso são os sinistros mais comuns da empresa. - Até o início do mês, o pagamento de seguro por cancelamento de viagem também foi muito alto, por causa da volatilidade do dólar e da crise econômica. Agora, ele voltou para os patamares normais. Mas os sinistros por extravio e atraso ainda são os mais comuns. Até porque a quantia de malas perdidas é enorme. Dados de novembro de 2007 mostram que, só no Aeroporto de Milão, na Itália, havia 20 mil malas extraviadas naquela época - afirma. A empresa oferece cerca de dez tipos de planos e, de acordo com eles, todos têm seguro bagagem e cobertura por atraso de bagagem incluídos no pacote. Um pacote com cobertura de 30 mil euros, por dez dias na Europa, por exemplo, custa cerca de US$ 110 (ou R$ 259 na cotação do dólar turismo de 11 de novembro). O serviço de seguro bagagem exclusivamente pode ser conseguido na empresa Protect Bag, parceira da Travel Ace. Essa empresa trabalha nos aeroportos, plastificando a bagagem. O serviço custa R$ 18 e a empresa se compromete a pagar uma indenização ao viajante que tiver a mala violada. O valor é igual ao pago pela companhia aérea em casos de roubo ou extravio. Mas, pelo menos em relação à Travel Ace, o seguro não é cumulativo. Quem for contratar qualquer tipo de seguro deve pesquisar para encontrar um plano de assistência que atenda suas necessidades. Na MIC Brasil, empresa de assistência ao viajante, um pacote de dez dias para Europa - com assistência médica de 30 mil euros por evento, seguro bagagem de 880 euros e cobertura de atraso de bagagem de 145 euros - custa US$ 57 (R$ 134,5 na cotação do dólar turismo de 11 de novembro). Ronseg, corretora de seguros (69) 3222-0742.

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