segunda-feira, novembro 17, 2008

Transportadoras têm dificuldade para fazer seguro, adianta Ronseg

A falta de segurança nas estradas aumenta o custo de quem precisa transportar cargas. Para as empresas, está cada vez mais difícil fazer seguro de produtos e caminhões. Um empresário que teve dois caminhões roubados em estradas do interior paulista calcula um prejuízo de R$ 500 mil. "É um seguro muito caro o de combustível. Então, a maior parte das empresas não faz seguro”, lamenta o empresário, que não quis se identificar. De janeiro até setembro deste ano, 4.800 roubos de cargas foram registrados no estado de São Paulo. A capital paulista e a região metropolitana responderam por 86% dos casos, que somam mais de R$ 110 mi, 7% a mais em relação à soma total dos roubos registrados no estado em todo o ano passado. Combustíveis, produtos farmacêuticos e eletroeletrônicos lideram a lista de cargas roubadas. Para tentar diminuir o prejuízo, as transportadoras recorrem às seguradoras que têm imposto cada vez mais condições para assumir o risco. "Ou escolta, ou vigia por helicópteros. Existe o gerenciamento sempre variando de acordo com o grau de risco pela mercadoria transportada", afirma a seguradora. A proibição da circulação de caminhões grandes durante o dia no centro expandido de São Paulo, maior centro consumidor do país, também entrou no cálculo do preço do seguro. Agora, as entregas precisam ser feitas à noite, horário de maior risco de roubos, o que elevou o valor da tabela. "Tem de agüentar com os custos, que vão refletir no preço do frete e, consequentemente, no bolso do consumidor”, diz o Sindicato das Transportadoras de Carga. Para diminuir custos, uma transportadora está utilizando veículos menores para fazer as entregas na capital, além de equipar a frota com rastreadores. “Isso faz com que a companhia de seguro consiga oferecer um preço melhor", diz a transportadora. Para combater roubos na estrada, a Polícia Rodoviária, a Secretaria da Fazenda e os representantes do setor de transporte formaram uma força-tarefa. "Nós colocamos as viaturas em pontos estratégicos das rodovias. Se verificar que ele [o caminhoneiro] está sendo perseguido, acompanhado, não deve continuar sua viagem, deve parar em algum posto de atendimento”, orienta a Polícia Rodoviária. Ronseg, corretora de seguros (69) 3222-0742.

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