domingo, novembro 27, 2011

Dólar a R$ 1,90 e turismo de faz de conta no país


O fantasma da alta do dólar volta a assombrar e, na contramão da crise mundial, a presidente Dilma afirma que "o Brasil não deve se atemorizar".A economia europeia está fazendo água mas, por aqui, o discurso ufanista garante que, logo,  vamos ser "a quinta potência."Mas que potência é essa que, além  de amargar um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) medíocre, ostenta baixíssimos índices de visitação?Somos um fiasco internacional no quesito turistas estrangeiros, somos recordistas em gastos lá fora, onde tudo é mais barato do que aqui. A despeito da propaganda ufanista do Ministério do Turismo e da Embratur, órgãos federais dominados por políticos fisiológicos do PMDB-MA e do PCdoB-MA, recebemos algo em torno de 5 milhões de vistantes estrangeiros/ano.Isso é dez vezes menos do que os EUA, 14 vezes menos que a França e a Espanha, para ficar em apenas alguns exemplos de países que levam o turismo a sério.Aqui, os jornais foram crédulos ao publicar que os turistas estrangeiros que estiveram no Brasil em outubro deixaram US$ 530 milhões, enquanto os brasileiros gastaram, no mesmo período, US$ 1,72 milhões.Crédulos porque os números, divulgados pelo Ministério do Turismo, além de 'otimistas', computam visitantes de fronteira, que vem e voltam.Se essa subida do dólar for consistente, vai afastar ainda mais o visitante estrangeiro.O Brasil é um país caríssimo. Quem vive em São Paulo e visita qualquer das principais capitais do mundo, nota que tudo aqui proibitivo: dos restaurantes ao estacionamento, das diárias de hotéis aos pacotes para o Réveillon.E a qualidade, quase sempre, deixa a desejar. Idem a segurança: o país é violento, hostil com o turista, não tem uma política séria de fomento turístico e os aeroportos são o espelho desse subdesenvolvimento. (SC).

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