segunda-feira, abril 30, 2007

Lula quer, Marina não

Mesmo com a decisão do presidente Lula de dividir o Ibama e irritar-se com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a questão das obras das hidrelétricas do rio Madeira continua mostrando a verdadeira confusão que formou-se no governo federal em relação ao assunto. A ministra reafirmou, nesta semana, durante audiência da Comissão da Amazônia na Câmara Federal, que o Ibama não vai dar autorização para as usinas, porque, segundo ela, as hidrelétricas trarão grandes impactos ambientais e prejudicarão cerca de 10 mil famílias ribeirinhas em Rondônia e no Amazonas. Não se sabe de onde ela tirou tais informações mas a preocupação dos que têm certeza de que sem as usinas o Brasil estará à mercê, em breve, de um apagão por falta de energia, aumentou muito. Outro ponto assustador foi a declaração do ministro das Minas e Energia, Silas Rodeau, ameaçando que, se não houver autorização do Ibama para as obras o governo poderá procurar outras alternativas, inclusive a geração de energia nuclear.A confusão generalizada em que se transformou o governo Lula na questão ambiental – que atinge diretamente os projetos das usinas do Madeira – deve mobilizar nesta semana o governo do Estado e a bancada federal. O governador de Rondônia, Ivo Cassol, quer agilidade no processo. O senador Expedito Jr. tem feito pronunciamentos constantes neste sentido. A prefeitura de Porto Velho já criou até uma comissão de apoio às usinas.A mobilização da grande maioria da sociedade rondoniense e o apoio em peso de técnicos do governo Lula, de lideranças políticas nacionais e de todas as lideranças rondoniense tem parado na decisão do Ibama. O instituto não aceita autorizar as obras, mesmo depois que foi dividido em duas partes e da irritação do Presidente da República com a negativa do órgão de dar parecer favorável às hidrelétricas.A ministra Marina da Silva, que comanda o Ibama, continua emperrando o andamento do projeto e desafiando a determinação presidencial. Ela tem feito diferentes alegações para impedir, pelo menos até agora, que o bom senso prevaleça e que Rondônia e o país todo sejam beneficiados. Um importante político rondoniense disse, esta semana, que o principal motivo é um só: “se as usinas saírem, a ministra sabe que seu estado, o Acre, será pouco mais que um distrito de Rondônia”.

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