terça-feira, abril 24, 2007

Senadora defende tecnologia própria para sanar necessidade energética

Sou nativa de Rondônia. Nasci e cresci num mosaico amazônico cravado no coração da América do Sul - que infla sufocado em desenvolvimento intenso e desordenado, feito de atividades econômicas ambiental e socialmente degradadoras, além de ilegais, afirmou agora pouco a senadora Fátima Cleide (PT). Em Rondônia, como em praticamente em toda a Amazônia, essas atividades, tão ilegais quanto degradadoras, deslocam multidões, empregam muita gente, movimentam grande parte das economias locais e produzem uma elite econômica de grande influência política no estado. Enquanto isso, ecoam os alertas sobre as graves alterações ambientais em curso no mundo, diretamente associadas ao uso indevido do solo e dos recursos naturais vitais, apontando possibilidades de curto prazo que partem do drástico onde estamos a extremos de calamidade global. Diante disso, a Amazônia exige cautela e atenção às relações comerciais em perspectiva entre Brasil e EUA, no referente à produção de biocombustíveis e seus impactos na vida nacional e no ambiente mundial. Portanto, a escolha que precisamos fazer neste momento não se restringe a definir uma matriz energética, entre o petróleo ou os biocombustíveis. Importa transformar as atuais condições de produção e consumo desses recursos. Importa aprimorar nossa própria tecnologia para sanar nossas graves e reais necessidades.Caso contrário, em curto prazo, teremos coberto nosso imenso e diversificado território com a monocultura transgênica, desgraçando nossa gente e nosso futuro tão pródigo, para sustentar o monopólio transnacional privado da produção mundial de combustíveis - enquanto crescem as multidões arruinadas e esgotam-se as fontes da vida neste planeta. Contudo, dialeticamente, pode não ser este o nosso destino. Temos tudo: os recursos naturais, o território, a tecnologia, a necessidade e a oportunidade. Este é o momento que cabe a nós interromper o processo suicida que acomete a Humanidade e nos dedicar a desacelerar o aquecimento e acelerar o crescimento da ética e da solidariedade, aprimorando e fortalecendo criativamente os processos democráticos de produzir soluções justas e tomar decisões sustentáveis sobre nosso destino, finalizou Fátima Cleide.

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