Aplicações de longo prazo são boas alternativas aos planos de previdência. A população idosa brasileira já se aproxima dos 15 milhões de pessoas e nos próximos 20 anos deve superar 30 milhões, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O bem-estar na terceira idade e a manutenção do padrão de vida após a aposentadoria já são preocupações da população economicamente ativa, ainda mais diante da realidade de que o rendimento médio mensal dos aposentados no Brasil é de R$ 657. Para não fazer parte deste contigente só há uma saída: destinar uma parte da renda mensal para investimentos de longo prazo. Fazer um pé de meia para a terceira idade não significa somente aderir a planos de previdência privada como os tradicionais PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre) e VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) oferecidos pelos bancos. Existem no mercado diversas opções de investimento para quem quer gerir sua própria carteira e garantir uma poupança gorda no futuro. O consultor financeiro e vice-presidente de finanças pessoais da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Louis Frankenberg, recomenda que o investidor que vise o longo prazo diversifique suas aplicações. "Em um prazo longo algum investimento com certeza irá falhar", argumenta. Entre as aplicações conservadoras e as arrojadas, Frankenberg prefere as conservadoras. "O investidor que gosta de correr risco tem menos chance de chegar à velhice com dinheiro do que aquele que é conservador", afirma. O coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-SP, William Eid Júnior, diz que o acompanhamento das aplicações feitas é fundamental. "O longo prazo é feito de vários pequenos prazos, então é preciso acompanhar os rendimentos", alerta. Ele sugere que o investidor que tenha em mente o longo prazo elabore uma carteira somente com investimentos na renda fixa. "O longo prazo não elimina a volatidade. Neste caso a renda fixa é mais indicada", afirma. Segundo Eid, para manter o padrão de vida na velhice é preciso aplicar no mínimo 10% da renda, mas o ideal é 15%". Entre as aplicações conservadoras, o consultor sugere uma carteira que mescle PGBL, títulos do tesouro com vencimento em 30 anos e letra hipotecária. "Investimentos de longo prazo têm a vantagem tributária", explica. "As letras hipotecárias são boas opções, embora sejam pouco conhecidas do investidor. São isentas de imposto e têm rendimento superior a outras aplicações conservadoras como CDB e CDI. A única desvantagem é a pouca liquidez", ressalta. O professor de finanças da FEA-USP Rafael Paschoarelli também recomenda uma carteira com títulos do Tesouro e letras hipotecárias. "Entre os títulos do Tesouro Direto recomendo para o longo prazo os indexados ao IPCA, ou seja, as NTN-B e as NTN- Principal" Para o investidor que aceita um pouco mais de risco, Paschoarelli sugere comprar ações blue chip (papéis de empresas de grande porte e liquidez). "Para o investidor que têm ações na bolsa e está visando o longo prazo é recomendável que ele se oriente pela análise fundamentalista, que decida comprar ações com base nos fundamentos da empresa", afirma. Paschoarelli adverte também para os custos de transação em várias aplicações. "Meu conselho é: fuja dos fundos, eles têm taxa de administração alta. No longo prazo, o dinheiro consumido pelas taxas é considerável", alerta. Fonte:Sincor-RO.
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