A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, não admite o erro do governo federal em ter divulgado dados incorretos de que existiam 7 mil quilômetros de área desmatada na Amazônia. A constatação foi feita pelo governador de Rondônia, Ivo Cassol (sem partido), que tem acompanhado com surpresa e indignação as declarações da ministra depois que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) admitiu a dupla contagem processada pelos dois programas responsáveis pelo monitoramento da floresta via satélite, o Prodes e Deter. O presidente Lula disse que havia um alarde em relação aos números do desmatamento, contrariando a posição de sua ministra. Para Cassol, Marina quer penalizar a qualquer custo os estados da região amazônica, principalmente Rondônia. O presidente Lula declarou que ainda tem dúvidas sobre o aumento do desmatamento na Amazônia. O presidente fez, inclusive, uma comparação “com um tumor, que antes do diagnóstico foi tratado como câncer”. Na mesma entrevista, Lula defendeu o agronegócio e afirmou que ninguém pode culpar a soja, o feijão, o gado ou os trabalhadores rurais sem terra pelo desmatamento antes de investigar o que aconteceu.“A ministra não admitiu que errou, e ainda fica procurando possíveis indícios de derrubadas na Amazônia, especialmente em Rondônia, uma semana depois de o Inpe ter admitido que errou”, disse o governador, acrescentando que “ela não se conformou com o novo relatório repassado pelo Instituto e fez um sobrevôo em algumas regiões dos estados do Mato Grosso e Pará, e mesmo depois de ver de perto a realidade, defendeu o sistema Deter que fez a contagem em cima dos dados já computados pelo Prodes, e ainda teve coragem de dizer que a divulgação daqueles dados errados, que contestei desde o início, foi uma forma de alerta. Para mim, foi uma irresponsabilidade sem tamanho, que mostra o despreparo de Marina Silva para ocupar uma pasta ministerial”, concluiu Cassol.
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