domingo, abril 13, 2008

Começo do fim da Gol

Tempo fechado para os Constantino. As ações das empresas da família desabam e os lucros caem sem parar. Até órgãos de defesa do consumidor reclamam deles. Afinal, por que a maré anda tão ruim para o clã?Constantino Jr., o homem que comanda a Gol: o mercado olha com desconfiança a empresa que já foi a estrela da bolsa. A família tornou-se fenômeno empresarial da história recente do capitalismo nacional. Numa velocidade impressionante, saiu do quase anonimato da década de 90, quando (sem fazer alarde) construiu um pequeno império no mercado de transportes rodoviários no País, para se transformar num conglomerado de negócios colossais, que somaram R$ 8,6 bilhões de receita bruta em 2007. Os Constantino foram parar no ranking dos bilionários da revista Forbes. Os quatro filhos do patriarca, o “seu” Nenê Constantino, tinham em seu caixa particular (cada um, é claro) US$ 1,1 bilhão em em 2006. As mais de 30 empresas de ônibus, a compra da Companhia Providência, a participação na BR Vias e, principalmente, o controle da Gol Linhas Aéreas catapultaram a família para a esfera dos muito ricos e muito poderosos. Bem, quem foi rei raramente perde a majestade e o prestígio. Mas pode ficar menos rico. É exatamente o caso dos Constantino. O ano de 2007 foi um dos piores para as empresas da família e 2008 começa sem sinais de que as coisas possam mudar significativamente. O valor de mercado das empresas Gol e Providência diminuiu 36,7% em apenas quatro meses, caindo de R$ 9,8 bilhões para R$ 6,2 bilhões desde dezembro. Somados, os lucros das duas despencaram 65% no ano passado. No segmento de transportes, os projetos também não caminham da forma planejada. Criada em 2006, com 34% do capital nas mãos dos Constantino, a empresa BR Vias ainda patina. Sua meta era ser “uma das líderes do setor de concessões rodoviárias”, como afirmava Antonio Beldi, do grupo Splice, dono de 50% de seu capital. Até hoje, ela não conseguiu encostar no grupo CCR e na espanhola OHL, atuais líder e vicelíder do mercado.

Nenhum comentário: