sexta-feira, abril 18, 2008

País poderá ter microsseguros, admite diretor da Fenacor

O Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) - órgão que regula a atividade de seguros no Brasil, vinculado ao Ministério da Fazenda - já aprovou uma comissão consultiva de microsseguros (seguros mais baratos, para apólices menores), que será constituída por seis membros do governo e seis da iniciativa privada, admitiu o diretor da Fenacor, Geraldo Ramos. O objetivo será apresentar até o fim do ano um relatório, com conjunto de propostas de seguros que poderão ser criados com o advento do mercado de resseguro. Hoje, o mercado de seguros não tem resseguros ("seguro de seguro") correspondente para dividir seus riscos. Segundo Armando Vergilio, da Superintendência de Seguros Privados (Susep), este mercado tem um potencial de atingir 100 milhões de pessoas e é uma "poderosa ferramenta de inclusão social e de aculturar as pessoas para o seguro". Um exemplo de microsseguro possível, segundo ele, seria para microempreendimentos, como uma van ou uma carrocinha para vender cachorro-quente. - Se a pessoa perde o carrinho em algum acidente sem seguro, continua devendo as prestações dele e ainda perde o negócio, e vai direto para baixo da linha da pobreza - disse Armando Vergilio, lembrando que o microsseguro poderia cobrir as prestações e a própria perda do bem. Além disso, o Conselho está estudando, disse Vergilio, a criação de seguros populares para automóveis com mais de seis anos de idade, com possibilidade de aproveitamento de peças de outros sinistros. O órgão também aprovou ó Código de Ética das Empresas de Previdência, Capitalização, Seguros e Resseguros, hoje com quase 24 mil empresas e 40 mil pessoas no país.

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