A presidente Dilma Rousseff, e o ministro da Educação, Fernando Haddad, conheceram nesta terça-feira, 29, na Universidade de Coimbra, em Portugal, os primeiros estudantes de graduação brasileiros que estão sendo qualificados para atuação no magistério. Ao todo são 178 jovens do Programa de Licenciaturas Internacionais, financiados a partir de um acordo entre a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e Coimbra, uma das principais universidades portuguesas. O ministro Haddad disse que tem orgulho do programa porque é o primeiro focado, exclusivamente, na formação de professores no exterior. “O projeto faz parte das ações da melhoria do ensino e da qualidade na formação inicial de professores da educação básica. É importante a vivência de outra cultura educacional”, afirmou. O ministro destacou também a tradição e a qualidade da Universidade de Coimbra. “Coimbra é a matriz da universidade brasileira. É muito importante termos tantos alunos brasileiros conseguindo qualificação e experiência cultural e retornando para o Brasil”, complementou. A Universidade de Coimbra tem 979 alunos brasileiros, 5% do total do número de estudantes da instituição. O bolsista Rodolfo Brito de Azevedo, 20 anos, cursa biologia na Universidade Federal de Goiás e desde setembro está em Coimbra. “A graduação sanduíche é uma oportunidade. Estou gostando muito das aulas práticas e daqui dois anos pretendo voltar, me formar, fazer mestrado e dar aulas”, planeja. O governo federal oferece uma bolsa mensal de 600 euros, passagem área de ida e volta, seguro saúde e auxílio instalação. As taxas universitárias são pagas por meio de uma parceria com um banco privado. Para participar, o estudante precisa estar matriculado em cursos de licenciaturas de química, biologia, matemática, português, artes ou educação física. Os projetos de intercâmbio são apresentados pelos professores pesquisadores que passam pela análise da Capes. Ao atender aos requisitos solicitados, os estudantes passam de um a dois anos na Universidade de Coimbra, e depois retornam para conclusão na universidade de origem no Brasil. Para este ano, estão previstas 210 novas bolsas. “Com possibilidade de ampliação. Este programa oferece uma oportunidade de vivência internacional aos futuros professores, intensificando o seu processo de aprendizagem”, disse a representante da Capes, Denise Neddermeyer, integrante da missão. Atualmente, a Capes financia 644 estudantes nas melhores universidades portuguesas.
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