sábado, novembro 12, 2011

Greve na CEB faz regiões do DF ficarem até 50 horas sem fornecimento de luz



A síndica Terezinha Josefina diz que condomínio ficou sem água devido à falta de energia: transtorno (Daniel Ferreira/CB/D.A Press)
A síndica Terezinha Josefina diz que condomínio ficou sem água devido à falta de energia: transtornos.
Os brasilienses que enfrentam problemas e amargam prejuízos com as constantes faltas de energia elétrica no Distrito Federal passaram a viver um drama ainda maior com a greve dos trabalhadores da Companhia Energética de Brasília (CEB), que começou no último dia 3. Diante do impasse entre trabalhadores e a estatal, os mais afetados são os consumidores que, em alguns casos, ficaram sem luz por até 50 horas durante a última semana. Em assembleia realizada ontem, a categoria decidiu permanecer de braços cruzados. O blog visitou três regiões administrativas — a Asa Sul, o Lago Sul e o Riacho Fundo — e em todas as localidades os moradores demonstraram indignação com o descaso da CEB para resolver os casos de falta de luz. No Condomínio do Lago Sul, localizado na QI 31, além da interrupção no fornecimento de energia por mais de dois dias, as 108 casas também ficaram sem água. Isso ocorreu porque os recursos hídricos do local são coletados de poços artesianos com bombas de sucção. Sem eletricidade, um dos três reservatórios, com capacidade para armazenar até 80 mil litros, secou.Segundo a síndica do condomínio, Terezinha Josefina Segabinazzi de Freitas, mais de 60 ligações foram feitas para a CEB e pelo menos 25 protocolos foram gerados. Apesar da pressão feita pelos moradores, a falta de fornecimento de eletricidade, que começou na última terça-feira, só foi resolvida na quinta. “O técnico da companhia disse que um fusível queimado na rede de alta tensão gerou o problema. Todo o condomínio ficou sem água para as pessoas cozinharem ou tomarem banho. Até entendo os grevistas, mas a direção da companhia precisa contratar outros prestadores de serviços”, completou.Em um escritório de advocacia, localizado no Setor de Administração Federal Sul (SAFS), que fica atrás dos anexos dos ministérios, um gerador de energia precisou ser alugado para não prejudicar os trabalhos. Segundo o gerente administrativo da empresa, Ângelo Almeida de Carvalho, a falta de energia durou 33 horas — começou na quarta-feira, às 8h10, e só acabou na quinta, às 17h30. “Gastamos R$ 5,6 mil para contratar esse gerador. Temos um contrato com a CEB e estamos estudando como ser ressarcidos”, ressaltou.No Riacho Fundo, os moradores também enfrentaram apagões durante a semana. A servidora pública Michele de Oliveira, 31 anos, que reside na QN 7, diz que ficou sem energia na quarta e na quinta-feira, por 26 horas. “O meu portão eletrônico parou de funcionar. É um transtorno muito grande. Agora, vou ter de tirar dinheiro do bolso para arcar com esse prejuízo”, disse. Segundo ela, o técnico chamado para consertar o portão disse que o problema foi ocasionado pelo blecaute. Ela também solicitou ajuda da CEB e recebeu como resposta que os profissionais estavam em greve e nada poderia ser feito.

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