Preço é apenas uma das variáveis que se considera na hora de adquirir um seguro. Quem já ficou com o carro quebrado na estrada ou foi vítima de um assalto sabe que o atendimento na hora do chamado sinistro é extremamente importante. Da mesma forma, ter alguém que explique detalhadamente o contrato, que pesquise entre os diversos produtos diferentes oferecidos por dezenas de companhias o que melhor se enquadra às nossas necessidades e que, além de tudo, nos lembre que o seguro vence nos próximos dias, não tem preço. São estes valores inestimáveis que vêm fortalecendo nos últimos anos a figura do corretor de seguros. Mesmo com a possibilidade de fazer o seguro no banco e cotar os preços pela internet, cresce a procura pelo trabalho de consultoria realizado pelo bom e velho corretor. "O corretor de seguros vende confiança, enquanto a seguradora e o banco vendem apenas seguros. Este é o diferencial que faz a sobrevivência do canal corretor. É racionalmente óbvio contratar através daquele que recomendará o melhor para o cliente diante das várias opções do mercado". Desde os anos 70, os corretores vêm lutando para manter o mercado de trabalho frente à competição com os bancos. No começo, temia-se que a força da marca dos bancos e até uma certa coerção dos gerentes, com a venda casada de produtos, poderia pôr fim ao trabalho do corretor. Porém, o que se viu ao longo do tempo foi outra coisa. "Os corretores ganharam em capacitação e em capilaridade, pois hoje estão presentes em quase todos os municípios brasileiros. E ainda consolidaram a sua presença como orientadores técnicos e independentes, capazes de ofertar toda a diversidade de produtos e seguradoras e, ao mesmo tempo, oferecer um atendimento personalizado tanto na contratação quanto no acompanhamento dos processos de sinistro", avalia o presidente da Escola Nacional de Seguros - Funenseg, Robert Bittar. Houve também uma mudança nos hábitos da população, avalia Bittar. "A automação bancária, que passou o cliente para o lado de fora da agência, estabeleceu um relacionamento impessoal e isso definitivamente não combina com seguros. Por isso, até os grandes conglomerados financeiros passaram a apostar na força de vendas do profissional independente", afirma. Para atuar como corretor de seguros é preciso ser aprovado nos exames da Funenseg e requerer o registro junto à Superintendência de Seguros Privados (Susep). Há ainda o Curso Superior de Administração com Ênfase em Seguros e Previdência, ministrado pela Escola Nacional de Seguros, que garante graduação específica no setor. "O corretor tem uma noção ampla dos vários ramos de seguro, além de informações básicas de matemática financeira e atuarial, direito e marketing. Mas ele se forma continuamente enquanto se mantém atualizado sobre o mercado, economia, política e, acima de tudo, enquanto pratica a agradável tarefa de ampliar sua rede de relacionamentos pessoais e comerciais", teoriza Viana. Fonte: Sincor-RO.
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