quinta-feira, setembro 20, 2007

Micro-seguro: potencial de 100 milhões

O setor de seguros, assim como todos os outros segmentos da economia brasileira, descobriu o consumidor de baixa renda como um mercado potencial. Isso é comprovado pela importância que o micro-seguro vem ganhando. Com grande poder de compra, o público-alvo contrataria o produto a fim de evitar riscos e se proteger de eventuais danos, por preços acessíveis. “A adição do seguro para este nicho de mercado difere-se dos demais no que tange à sua dependência de seleção de produtos, serviços e processos convenientes para que ele se torne lucrativo, observando-se que o prêmio deverá ser baixo e com uma boa administração de risco”, ressalta a Funenseg. Um representante da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida – Fenaprev, ministrou no dia 13 de setembro uma palestra com o tema “Micro-seguro - o negócio da inserção social”, durante a 4ª Conseguro, e confirmou que o produto vem sendo considerado a “jóia do mercado” nos últimos tempos. O micro-seguro tem a intenção de manter a riqueza que as famílias construíram para que elas cresçam”, afirma o executivo. Entre os principais obstáculos a serem superados pelo segmento estão os canais de distribuição limitados e a regulação, que não é compatível com a realidade deste mercado, a supervisão aderente, a simplificação de exigências, a necessidade explícita de mecanismos de solvência e uma maior apropriação na linguagem com o consumidor. A diferença do micro-seguro está na comercialização. Esta modalidade “tem dois grandes pilares. O primeiro seria proteger a vida e o patrimônio das camadas da população de menor poder aquisitivo, com produtos vendidos a preços acessíveis. O outro seria o de gerar mercado de trabalho para as pessoas das próprias comunidades atendidas pelo seguro”, avalia. "O principal problema que temos pela frente é como fazer a cobrança do micro-seguro, que pode custar até R$ 2,00", ressaltou. Em vista dos 300 mil postos de trabalho para micro-corretores, agentes ou produtores gerados pela venda do seguro, a Escola Nacional de Seguros acaba de criar o mais novo curso de Seguro Popular e Micro Seguro. Ministradas no Rio, as aulas abordarão conceitos sobre conscientização do papel sócio-econômico do Seguro de Vida e Micro-Seguro, a partir de cases e experiências internacionais. Com todo o material necessário para uma reflexão da questão no Brasil e o amplo domínio do tema por parte do professor, o conteúdo foi desenhado junto com o Jean François Estienne, uma das maiores autoridades do mundo quando o assunto é seguro popular. Outras informações estão disponíveis no site www.funenseg.org.br

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