O presidente da Fenacor, Roberto Barbosa, considera exagerada a estimativa feita pelo presidente da Federação Nacional de Previdência e Vida (Fenaprevi), Antonio Barbosa, segundo o qual o micro-seguro poderá gerar, pelo menos, 300 mil novos postos de trabalho para micro corretores, agentes ou produtores. Segundo Barbosa, aquela projeção somente poderá ser viabilizada se for alterada a legislação atual: seria preciso, primeiro, mudar o Decreto 73/66 e regulamentar a figura do agente de seguros, assinala Barbosa. Roberto Barbosa diz ainda que a regulamentação deve vincular o agente às corretoras de seguros e não às seguradoras. Na visão dele, somente assim será possível gerar centenas de milhares de empregos, como prevê a Fenaprevi: o micro seguro deve ser vendido pelo corretor de vida, ou agentes ligados às corretoras, observa o presidente da Fenacor. A previsão de Antonio Cássio dos Santos foi feita em conversa com a imprensa durante a 4ª Conferência Brasileira de Seguros, Resseguros, Previdência Privada, Saúde Suplementar e Capitalização (Conseguro), realizada semana passada, no Rio. Segundo ele, o micro seguro tem dois grandes pilares. O primeiro seria proteger a vida e o patrimônio das camadas da população de menor poder aquisitivo, com produtos vendidos a preços acessíveis. O outro seria o de gerar mercado de trabalho para as pessoas das próprias comunidades atendidas pelo seguro: o principal problema que temos pela frente é como fazer a cobrança do micro seguro, que pode custar até R$ 2,00, ressaltou. Já o superintendente da Susep, Armando Vergílio, também presente ao evento, confirmou que o incentivo ao micro seguro será uma das prioridades da sua gestão: o seguro popular será a jóia da coroa do nosso mercado nos próximos anos. Aliás, essa é uma tendência mundial, afirmou. Armando Vergílio anunciou que a International Association of Insurance Supervisors (IAIS), entidade que reúne 180 órgãos supervisores do mercado de seguros de todo o mundo, convidou o Brasil para presidir a importante comissão que estuda as perspectivas do micro seguro no mercado internacional. Esse grupo é integrado por vários representantes de países desenvolvidos, incluindo Alemanha, França e os Estados Unidos. Segundo o superintendente da Susep, o interesse pelo papel do Brasil neste fórum pode ser explicado pelo fato de os mercados desenvolvidos se encontrarem próximos de um ponto de estagnação, o que desvia as atenções para as nações emergentes, onde abundam os nichos inexplorados, principalmente entre as populações mais pobres. Ele acrescentou que aumentar a base de consumo é a chave para desenvolver o setor, e citou a China e a Índia como países que, há alguns anos, já vêm trilhando esse caminho: é possível perfeitamente estender o seguro às classes mais pobres e os exemplos de paises com situação de renda e condições sociais mais críticas podem ajudar neste tocante, frisou. Fonte: Fenacor/Sincor Rondônia.
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