O programa lançado pelo governador Ivo Cassol, que atenderá toda a capital com saneamento básico, trará benefícios diretos para a saúde pública estadual. A expectativa do governo de Rondônia é de que o programa 100% de água tratada em Porto Velho reflita no número de pacientes nas unidades estaduais de saúde. Muitos dos atendimentos feitos pelo Estado, por falta de serviços básicos dos postos de saúde da capital, estão relacionados com doenças decorrentes da falta de água tratada e rede esgoto.“A implantação do sistema de abastecimento de água tratada será fundamental para a melhora do quadro de saúde da população da capital. Em nossas unidades principalmente no hospital e Pronto-Socorro Estadual João Paulo II e o hospital Infantil Cosme e Damião muitos dos serviços realizados estão ligados com a falta de saneamento”, afirmou Milton Moreira, secretário da Saúde, durante lançamento do programa, na tarde de terça-feira (12), no Tribunal de Contas.A falta de água tratada e rede de esgosto estão relacionadas com doenças como hepatites, diarréias, giárdia e esquistossomose. A expectativa é de que as obras ainda minimizem os casos de dengue e malária, pois com a canalização água os números de focos das doenças também tendem a diminuir.O valor estimado de obra é de mais de R$ 112 milhões, que irão proporcionar a construção de uma nova rede de distribuição de água de 453.992 metros - o equivalente a 454 quilômetros, com prazo de 18 meses para execução. As obras são frutos de uma parceria entre o governo de Rondônia e o governo Federal. Os recursos são provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com contrapartida do Estado. O benefício atenderá mais de 18 mil famílias.Cada R$ 1,00 investido em saneamento economiza-se R$ 4,00 em medicina curativa“. O governador Cassol deu mais um importante passo para a melhora da saúde pública estadual. Vale destacar que os investimentos em saneamento têm um efeito direto na redução dos gastos públicos com serviços de saúde, segundo dados da Fundação Nacional de Saúde, para cada R$ 1,00 investido no setor de saneamento economiza-se R$ 4,00 na área de medicina curativa”, destacou Milton. Somente nos primeiros seis meses de 2008 o hospital e Pronto-Socorro Estadual João Paulo II (JPII) atendeu 26.207 pessoas. Do total 22.049 foram provenientes da Capital. O volume representa 84,13% do número dos serviços. No mesmo período os 51 municípios do interior encaminharam apenas 4.158 pacientes, 15,87% do total. Do volume geral 15.891 pessoas procuraram o JPII para consultas ambulatoriais. Os números mostram a falta de atendimento básico em saúde.
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