É verdade que o brasileiro está comprando mais seguros. A arrecadação em prêmios diretos cresceu 17% em 2007 e deve ter desempenho semelhante este ano. Mas também é certo que esse mercado poderia ser muito maior. Basta verificar os números da modalidade automóveis, a mais expressiva, que, sozinha, representa acima de 20% da receita. Para a frota nacional, estimada em aproximadamente 42 milhões de veículos, apenas 10 milhões a 12 milhões estão segurados, segundo a Porto Seguro, dona da maior fatia do mercado, de 20%: Há 20 milhões a 25 milhões com potencial para ter seguro. Vários fatores contribuem, ao longo dos últimos anos, para o crescimento das vendas como o aumento do poder aquisitivo da população, a estabilidade do câmbio e a normatização, no ano passado, da abertura do mercado de resseguros no País. Mas o mercado seria muito mais dinâmico se as companhias pudessem oferecer produtos mais adequados ao perfil do brasileiro. No caso do seguro de automóveis, seguradoras e corretoras defendem, há muito tempo, normas diferenciadas para os veículos usados os carros com mais de dez anos de uso representam perto de 70% da frota. Os donos de automóveis usados não fazem seguro porque é caro. Há dois anos, descansa na Susep uma circular sobre seguros populares, que o órgão tenta tornar mais atrativa. Para baratear as indenizações, o mercado, de modo geral, defende a liberação do emprego de peças não originais de fábrica em veículos acidentados. Estas, podem custar até 80% menos que peças idênticas e novas, mas sem a marca da montadora. Tal alternativa exigiria determinar um valor para cada peça, mas ainda assim valeria a pena: Seria complicado, mas é viável. Outra proposta é segurar o automóvel por um valor abaixo da cotação do mercado, para o caso de perda total. Para a modalidade vida, segunda em importância, o mercado defende indenizações mais baixas, de R$ 10 mil a R$ 15 mil, para mensalidades de, no máximo, R$ 4 atualmente a média é de R$ 18, para indenizações de R$ 50 mil. O problema é a taxa de compensação bancária, hoje em torno de R$ 2, o que inviabiliza o modelo. Seria necessário ainda limitar a assistência 24 horas e demais serviços e enfrentar os muitos entraves da legislação. Uma outra sugestão é reduzir ou eliminar o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), hoje de 7,38%, da modalidade popular. A última circular da Susep não contém nenhum diferencial que possibilite redução de custos, diz a Porto Seguro. Assim, o seguro popular andaria na contramão da atual tendência do mercado, de agregar cada vez mais serviços para cativar o cliente, num cenário de concorrência acirrada, especialmente entre as grandes seguradoras. As sete maiores, de um total de 74 empresas ou grupos, têm 78% do mercado. Para os corretores, também as seguradoras deveriam olhar com mais atenção para os veículos importados, cujas vendas aumentam todos os anos. São poucas as companhias que seguram importados com cinco ou mais anos de uso. Essa frota está crescendo é já não é nova. De todo modo, em comparação com boa parte dos países em desenvolvimento, o setor do Brasil é evoluído: cada cliente tem em média 1,4 produto de seguro no País, não muito menos que a média verificada nas economias consolidadas (2,2).Consulte o seu corretor de seguros (69) 3222-0742 Ronseg, corretora de seguros.
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