Mesmo com uma maioria formada no julgamento do pedido de abertura de processo contra o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), o caso foi mais uma vez adiado.Depois do ministro Celso de Mello, último que faltava votar, aceitar a denúncia do Ministério Público, formando um placar de seis a cinco, um debate sobre o caso foi iniciado.Ricardo Lewandowski, que ainda em 2007 havia sido favorável à abertura de processo e ontem reviu seu voto, tentou pedir vistas do processo. Marco Aurélio Mello, por sua vez, questionou o ato.Ponderou que, existindo uma maioria de seis ministros formada, e votos colhidos de todos os ministros, o pedido serviria somente para tentar, nos próximos dias, convencer Eros Grau a mudar de voto e impdir o aceite da denúncia.Irritado, Lewandowski disse que, como seu pedido de vista foi colocado sob suspeita, ele o retiraria.O relator do caso, Joaquim Barbosa, também reclamou da situação. Disse não entender um pedido de vistas quando todos já haviam votado e uma posição era vencedora.Para evitar que o caso fosse interrompido e que o inquérito ficasse com Lewandowski, Barbosa pediu adiamento do caso para que ele, que proferiu seu voto a dois anos e oito meses, pudesse novamente analisar os autos.Com o adiamento, o caso só deve voltar a julgamento em fevereiro do ano que vem.Raupp foi denunciado pelo Ministério Público por crimes contra o sistema financeiro internacional.Através do ministério do Planejamento, Raupp, então governador (1995-99), conseguiu um empréstimo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (Bird), no valor de US$ 167 milhões, para desenvolver o Plano Agropecuário e Florestal de Rondônia.Parte dos recursos, entretanto, teriam sido usados para saltar despesas diversas do Estado, o que caracterizaria transferência ilícita. (Severino Motta/blog de Ricardo Noblat).
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