A proposta feita pelo governador Ivo Cassol no primeiro dia da 14º edição do Katoomba Meeting, encontro internacional de lideranças políticas, pesquisadores e ambientalistas, que está sendo realizado em Cuiabá, para implantação de instrumentos de mercado para a redução das derrubadas e da emissão de gases-estufa, repercutiu no Brasil e no mundo. Durante o evento, Cassol defendeu a necessidade da implantação de compensações financeiras aos produtores rurais que deixaram de desmatar, os chamados “pagamentos por serviços ambientais”, uma forma de conciliar crescimento econômico com sustentabilidade.Na tarde desta quinta-feira (2), Ivo Cassol foi entrevistado pelo repórter Marcelo Winter da emissora TV/Rondônia, afiliada da Rede Globo, e voltou a defender sua proposta, que é a de compensar financeiramente o produtor rural que manteve em pé a mata de preservação ambiental que é determinada por lei, com o pagamento de 5% por hectare, aquele produtor que desmatou menos a compensação seria de 20%, “uma forma de incentivar o homem do campo a preservar a floresta, pois ela estando lá intacta será mais lucrativa”, afirmou o governador. Ele também propôs que 20% do montante de passagens aéreas e ingressos comercializados referentes à Copa do Mundo de 2014, sejam destinados para um fundo ambiental, em benefício dos países da Amazônia Legal. E, por fim, Ivo Cassol sugeriu uma nova forma de investir em preservação ambiental, remunerando os moradores que vivem em torno dos parques de preservação os chamados “guarda-parques”, “tenho certeza que teremos pessoas cuidando das nossas reservas 12 meses por ano e sai muito mais barato do que gastar milhões em operações repressivas com a polícia federal, Ibama e outros órgãos”, finalizou.Ao final do encontro, que acontece neste sábado (4), será elaborado um documento com as principais propostas, conhecido pela sigla REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação), que serão entregues aos representantes da ONU, G-7 e outros órgãos com representatividades internacionais.
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