A importância do Conselho Estadual de Educação (CEE) no sentido de fiscalizar o cumprimento das metas de qualidade estabelecidas pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação (Seduc), foi destacada na manhã desta quinta-feira (1) pelo governador Confúcio Moura ao participar da sessão solene de posse da presidente e vice da entidade, Francisca Batista da Silva e Adir Josefa de Oliveira, respectivamente, realizada no auditório do Tribunal de Contas, em Porto Velho. Francisca Batista, que está no quinto mandato, foi reeleita em dezembro do ano passado pela maioria dos conselheiros para o biênio 2012/2013, enquanto Adir Josefa ocupa o cargo pela primeira vez, sendo reconhecida pelos trabalhos executados à frente da educação profissional no Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RO).
Solenidade de posse
Na ocasião, Confúcio Moura voltou a falar sobre a preocupação do seu governo com a elevação do ensino no Estado, reforçando a necessidade de se monitorar a vida dos alunos da rede estadual, principalmente dos 68% que, conforme estatísticas, abandonam o Ensino Médio. “Temos que saber o porquê desses alunos não irem às aulas por mais de um dia seguidos”, afirmou enquanto lembrava que o ensino público no País já foi de qualidade e não havia necessidade de cursinhos para ingressar numa instituição de ensino superior pública. “Por que a educação piorou no Brasil?”, questionou, para em seguida responder que se trata de um “conjunto de forças invisíveis que puxou a educação para baixo e que, agora, queremos fazer a marcha inversa para subir”. Para o governador, o processo de decadência do ensino teve seu ápice no governo FHC, que conseguiu colocar 98% das crianças na escola, mas que hoje apenas nove dessas conseguem entrar na faculdade. “Somos hoje a sexta economia do mundo, mas temos a pior educação das Américas. Temos um PIB [Produto Interno Bruto] maravilhoso, enquanto o crack toma conta das nossas crianças”, lamentou.Ao destacar a necessidade de monitorar a vida dos alunos, o governador voltou a afirmar que não adianta discurso, tem que fazer acontecer a educação no Estado do jeito que se planeja, com foco na escola integral e Ensino Médio renovador. “Temos que ir ao encontro dos professores em suas localidades e não trazê-los para a Capital para participar de seminários que não levam a nada. É a hora da virada”, destacou, ao mesmo tempo em que orientava o secretário da Educação, Júlio Olivar, a não poupar recursos para a formação de técnicos nas várias áreas de gestão, como política, educacional e financeira, valorizando, sobretudo, o servidor de carreira que permanece em todas as gestões governamentais.
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