terça-feira, maio 29, 2012

Classes C e D terão microsseguro a partir de junho, diz Geraldo Cavalcante



A partir de junho deste ano, seguradoras poderão vender o microsseguro voltado para as classes C e D, diz o vice-presidente regional da Fenacor e presidente do Sincor RO/AC, Geraldo Cavalcante.



O governo promete para os próximos dias a regulamentação dos microsseguros. Os preços, com valor médio de R$ 20 por mês, serão acessíveis para as classes C e D e terão coberturas diferenciadas para as modalidades vida, casa e desemprego.



De acordo com a Susep (Superintendência de Seguros Privados), a circular com as regras do microsseguro está em fase de conclusão. "A ideia é atender as demandas surgidas nas classes sociais mais baixas, que tiveram, nos últimos anos, um aumento de renda representativo", diz a Susep. O órgão quer regras que garantam a contratação de seguros com preços mais vantajosos ou em condições especiais para clientes de baixa renda.



Uma das modalidades elaborada para o perfil de classe C e D é o seguro-desemprego. A ideia é que o trabalhador tenha a cobertura de um valor suficiente para pagar 50% das despesas fixas por três meses, caso fique desempregado.



"Uma outra grande preocupação desse perfil de consumidor emergente é com as despesas com o funeral no caso de morte decorrente de um acidente. Nas pesquisas feitas pelo setor, essa era uma preocupação que aparecia com bastante frequência", fala a Comissão de Microsseguros e Seguros Populares da CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros), que representa as empresas do setor.



Mundo



O microsseguro está crescendo rapidamente no mundo. Já são cerca de meio milhão de contratos ativos. "O Brasil tem um potencial muito grande para os microsseguros", diz.



Seguro do carro terá mudança para ficar até 30% mais barato



As seguradoras negociaram com o governo algumas alterações nas regras do seguro de carro para que sejam criadas versões mais acessíveis para as classes C e D.



Segundo o setor, o valor final da mensalidade pode cair até 30%. As seguradoras esperam reduzir a despesa utilizando peças usadas nos reparos e simplificando a contratação do seguro de carros mais velhos. Atualmente, as seguradoras só podem usar peças novas, que são mais caras. "As seguradoras querem um seguro diferenciado que permita a utilização de peças intactas de carros envolvidos em acidentes. Às vezes, a frente está toda destruída, porém temos peças que poderiam muito bem ser reaproveitadas. Tudo isso estará devidamente especificado no contrato", diz.





Outra mudança que vai reduzir custos do seguro é o pagamento do valor de revenda. 30% é o que o setor espera crescer com a novidade.



Cliente vai fechar negócio pelo celular



Para reduzir o valor operacional da contratação, as seguradoras querem investir em tecnologias. No microsseguro, a quantidade de papel necessário para fechar o contrato será bem menor. Em alguns casos, o cliente poderá fazer toda a transação pelo telefone celular ou pela internet. A contratação será totalmente digital.



6 de cada dez microsseguros são da Índia.



Seguro de vida com parcela de R$ 3,50 cobre R$ 10 mil



No modelo de microsseguro criado para o Brasil, será possível a comercialização de seguro de vida a R$ 3,50 por mês com uma cobertura de até R$ 10 mil, em caso de morte natural.



Mudança vai gerar a criação de empresas especializadas



O surgimento do microsseguro vai permitir a criação de empresas especializadas neste tipo de produto e público. Também vai ampliar o mercado de trabalho dos corretores, garante Geraldo Cavalcante.

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