Entidades vendem seguros com preços 50% menores, mas não têm
registro ou fiscalização dos órgãos responsáveis. Além disso, não pagam
as indenizações por sinistros. Elas não têm bandeira preta içada, nem papagaio no ombro, mas são
conhecidas como piratas no mercado de seguros. Nos últimos três anos,
associações e cooperativas surgiram com ofertas de cobertura barata para
automóveis leves e até caminhões. A promessa é de mensalidades até 50%
menores que a média do setor. O problema é que deixam na mão os
consumidores na hora em que mais precisam: a de pagar as indenizações
por sinistros. Atuam na ilegalidade, pois não são fiscalizadas por
nenhum órgão, diferentemente das verdadeiras seguradoras, que são
reguladas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). E já há
casos de sonegação de imposto e evasão de divisas investigados pela
Receita Federal do Brasil.O presidente do Sincor RO/AC e vice-presidente regional da Fenacor, Geraldo Cavalcante, alertou para o fato desse mercado pirata estar
ganhando força na Amazônia. "Temos conhecimento de entidades irregulares, que já foram denunciadas às autoridades. Donos de
caminhões e táxis são quem mais têm recorrido à elas", acrescentou.
Essas pessoas assinam contratos com entidades irregulares por não
conseguirem cobertura para um caminhão de modelo mais antigo, por
exemplo. São seduzidos ainda pela parcela mensal baixa e terminam no
prejuízo.
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