segunda-feira, maio 21, 2012

Concorrência "desleal" entre corretores é maior no segmento de Auto


A competição sempre existiu. Isso faz parte do mercado, mas o que alimenta uma concorrência a ponto de se tornar desleal? A partir desse questionamento, o vice-presidente regional da Fenacor e presidente do Sincor RO/AC, Geraldo Cavalcante opina a respeito da prática inadequada que acontece com frequência no mercado de seguros.

"No segmento de Automóvel, a concorrência desleal é mais frequente,. Os outros segmentos como Saúde e Vida exigem muito mais um trabalho técnico e é necessário conhecer melhor o risco. Com o Auto, a disputa maior acontece na hora da renovação, pois o segurado sempre acha que está pagando caro, isso incentiva cada vez mais as pessoas cotarem em outros lugares", afirma.

De acordo com ele, existem alguns fatores que influenciam a prática predatória no mercado, como as condições diferenciadas em virtude do prestígio alcançado por certos profissionais, que permitem-lhes "brigar" de forma diferenciada por um cliente. "Os corretores que fazem a produção a qualquer preço, acabam se prejudicando", declara.

Segundo Geraldo, todos saem perdendo com a atividade desleal, tanto o corretor, quanto o segurado. "No primeiro instante, o cliente até se beneficia, contudo a longo e médio prazo o corretor não vai conseguir manter um bom serviço, quando acontecer um sinistro, por exemplo", pontua.

Geraldo deixa ainda um alerta em forma de dica e indagação para os colegas. Ele explica que é importante prestar atenção a uma conta "extremamente simples" na hora da negociação. "Você, corretor, envia uma proposta de Seguro de Auto ao cliente com 20% de comissão (custo bruto). O segurado, por sua vez, diz que outro profissional fez uma oferta mais barata. Com medo de perder a venda, você dá 5% de desconto. Fazendo isso, você perde 25% em cima da sua parte de direito (comissão). E que bem durável você compra em que a pessoa oferece logo 25% de desconto de sua remuneração?", aponta.

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