A construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio em Rondônia, a partir do aproveitamento das águas do rio Madeira vai mudar para sempre o perfil da região norte, elevando decisivamente o nível de vida das pessoas que vivem tanto no lado brasileiro como no lado boliviano. A declaração foi feita pelo líder do PMDB no Senado, Valdir Raupp(RO) durante sessão realizada nesta quinta-feira, em virtude das informações de que as autoridades bolivianas não aceitam o relatório do IBAMA sobre possíveis impactos ambientais que as duas hidrelétricas causariam àquele país. Acrescentou o líder peemedebista que além das duas hidrelétricas, o governo brasileiro planeja também outras duas, sendo uma binacional na fronteira entre Brasil/Bolívia e a outra no território boliviano, no rio Beni o que demonstra uma vontade inequívoca do nosso país em investir neste setor estratégico para as duas nações. Raupp entende que não há “razões para que a Bolívia crie obstáculos à construção das usinas de Jirau e Santo Antonio que serão construídas totalmente em território nacional”. E prosseguiu, “não queremos que se repita, no caso das hidrelétricas, o tipo de impasse que ocorreu, no ano passado com a Petrobras, na Bolívia”, disse. Ele citou que o interesse boliviano no aproveitamento energético do rio Madeira é tão grande quanto o nosso e que ao final da construção das hidrelétricas, o rio Madeira será integralmente navegável proporcionando a Bolívia – um país não-navegável – a grande vantagem de ter uma saída para o Pacífico, pelo Peru, e para o Atlântico, pelo Brasil. Ao finalizar o seu pronunciamento, o líder do PMDB afirmou que este assunto foi discutido com o presidente Evo Morales que esteve esta semana, em Brasília concluindo os entendimentos com o governo brasileiro sobre a questão do gás natural. As hidrelétricas no rio Madeira estiveram na agenda de negociações dos dois presidentes, ressaltou o senador Raupp, acrescentando que os rondonienses e os bolivianos “aguardam ansiosos o cumprimento das promessas de crescimento acelerado que o governo vem anunciando para o próximo quadriênio”.
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