sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Urucu-Porto Velho

“A construção do gasoduto Urucu-Porto Velho é uma obra essencial para o nosso desenvolvimento, em especial para a Capital, que é uma cidade pobre, e que se sustenta na economia do contracheque do servidor público”. Assim o deputado Moreira Mendes (PPS-RO) se dirigiu à ministra Dilma Rousself (Casa Civil) durante a Comissão Geral realizada pela Câmara . Ao ressaltar a importância da obra, Moreira Mendes lembrou que o gasoduto já deixou de ser projeto, pois já foi discutido, planejado, passou pelo EIA-RIMA, foi amplamente discutido pela sociedade e sua construção foi autorizada pelo IBAMA. O deputado lamentou que o governo tenha priorizado a construção de um linhão para interligar Rondônia (um sistema isolado) a um sistema nacional, tirando, com isso, cerca de 200 milhões de reais por ano do ICMS. Essa situação, segundo ele, transformou o estado de produtor a comprador de energia. “Compramos energia de Mato Grosso, gerada por meio do gás que vem da Bolívia, país que tem traído o Brasil no que se refere ao gás”, criticou. Moreira Mendes fez um apelo à ministra para que o governo dê prioridade total à construção do gasoduto e o inclua no Projeto de Aceleração do Crescimento (PAC). “Defendo a inclusão da construção do gasoduto Urucu-Porto Velho nesse projeto de desenvolvimento por ser extremamente importante para o crescimento do meu Estado e da Região Amazônica. É preciso lembrar que o Brasil rico — do Sul, do Sudeste, do Centro-Oeste — deve muito à Amazônia, e a construção do gasoduto pode ajudar esse resgate”. Ao lembrar que Rondônia é um estado quase que essencialmente agrícola e agropecuário, o deputado disse que o PAC está muito distante daquilo que o agronegócio precisa. “O setor é hoje a mola mestra do desenvolvimento brasileiro e está, na minha visão, relegado a segundo plano”, finalizou.

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