terça-feira, fevereiro 13, 2007

Deputado abre " caixa preta" da Capes

“O povo brasileiro quer ter os olhos voltados para aquela criança que está lá na escola rural, que quer ser ensinada por um professor qualificado, pós-graduado, que permanentemente se requalifica, para que essa criança possa ter futuro na fase adulta”. Atualmente, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes funciona como uma agência de fomento voltada apenas para o ensino e a pesquisa nos programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). O objetivo do governo é fazer com que a Capes passe a ter condições de sistematizar e consolidar os programas voltados à educação básica e à formação dos docentes. O deputado Eduardo Valverde (PT-RO) votou pela aprovação do Projeto de Lei 7569/06, que, segundo ele, já constitui um bom começo à reforma educacional brasileira “O projeto que aprovamos irá mudar o funcionamento da Capes, permitindo que ela também participe da formação inicial e continuada de professores da educação básica por meio do ensino a distância” comentou Valverde, que participa da Comissão de Educação na Câmara dos deputados. Para viabilizar o cumprimento desse propósito, o texto institui o Conselho da Educação, além de criar 410 cargos de provimento efetivo (140 de nível médio e 270 de nível superior) e 52 cargos de Direção e Assessoramento Superiores (DAS).“Quando se fala em violência urbana, em crimes urbanos, na qualidade do ensino, medidas têm que ser tomadas. A aprovação do Fundeb por esta Casa foi um fato positivo. A aprovação da lei que visa a capacitar profissionais da educação para melhorar o ensino fundamental, com certeza, é uma medida necessária para combater a violência e a criminalidade e melhorar a inserção social”. A Capes, segundo Valverde, está sendo direcionada para qualificar trabalhadores do ensino básico, fortalecer a democracia e melhorar a qualidade de vida.O deputado ainda afirmou que se as universidades públicas brasileiras estão tendo um nível de excelência foi porque qualificaram seus profissionais. “Por que será que um professor de primeira a quarta série não pode ter a mesma qualificação de um doutor que ensina na universidade? Por que será que um professor da pré-escola não pode ter a mesma qualificação profissional de um mestre que ensina numa das principais universidades brasileiras? Será que queremos perpetuar a baixa qualidade do ensino básico, o que, em 8 anos, o governo passado não superou? Será que precisamos manter esse sistema elitista de só olhar para cima e não olhar para baixo?” finalizou.

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