O mercado de seguros voltados para pessoas, que engloba, entre outros produtos, seguros prestamistas, educacionais, vida individual e grupo, cresceu 11,69% no primeiro quadrimestre de 2007, na comparação com o mesmo período de 2006, segundo dados da Susep, elaborados pela Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), associação que sucedeu a Anapp e que representa 83 empresas que comercializam produtos de vida e previdência. Os dados não incluem o VGBL, considerado para esse fim como produto de acumulação previdenciária. No período analisado, o mercado movimentou R$ 3,357 bilhões em prêmios de seguros, contra R$ 3,005 bilhões comercializados no primeiro quadrimestre de 2006. Os produtos que obtiveram melhor desempenho foram os seguros prestamistas (aqueles contratados pelas financeiras para garantir prestações em caso de morte, invalidez ou desemprego do comprador) e de acidentes pessoais coletivos, que tiveram altas de 50,45% e 22,08%, respectivamente. Os prêmios de seguros prestamistas somaram R$ 629,5 milhões no acumulado até abril de 2007, contra R$ 418,4 milhões no mesmo período de 2006, enquanto os seguros de acidentes pessoais coletivos atingiram R$ 449,3 milhões no primeiro quadrimestre, contra R$ 367,9 milhões. Segundo a Fenaprevi, o crescimento dos seguros prestamistas está ligado à explosão da concessão de crédito no país. São seguros de prêmios baixos que garantem o pagamento da dívida em caso de falecimento do contratante, invalidez ou perda de emprego. Este tipo de seguro está em franca expansão, analisa. Os seguros de vida em grupo movimentaram R$ 1,818 bilhão no primeiro quadrimestre, com queda de 0,19% na comparação com o mesmo período de 2006, quando os prêmios pagos por essa modalidade somaram R$ 1,821 bilhão. Já os seguros de vida individuais movimentaram R$ 256,1 milhões, uma alta de 25,19% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2006, quando os seguros de vida individuais atingiram a marca de R$ 204,5 milhões. Por sua vez, os seguros de acidentes pessoais individuais somaram R$ 76,5 milhões no primeiro quadrimestre, com alta de 5,36% no período (no primeiro quadrimestre de 2006 foram movimentados R$ 72,7 milhões em prêmios de seguros), enquanto os seguros que garantem pagamento de renda a eventos aleatórios movimentaram um montante de R$ 119 milhões em prêmios, contra R$ 111,6 milhões registrados de janeiro a abril de 2006, o que representa uma alta de 6,65%. Os produtos de seguros de pessoas que registraram queda mais acentuada no mês foram o turístico, ou seguro viagem, cujo prêmio passou de R$ 3,636 milhões para R$ 3,408 milhões entre o primeiro quadrimestre de 2006 e o primeiro quadrimestre de 2007, o que representa uma retração de 6,27%. E o P.C.H.V (seguro muito específico, voltado para a proteção visual de pilotos de avião), que passou de R$ 165,6 mil para R$ 52,2 mil (queda de 68,47% na comparação anual). Em relação à composição entre o ramo seguro de pessoas, os seguros de vida em grupo lideram o ranking no período entre janeiro e abril, com 54,15% do total de prêmios arrecadados, seguidos pelos seguros prestamistas (18,75%), acidentes pessoais coletivos (13,38%), vida individual (7,63%), renda de eventos aleatórios (3,55%), acidentes pessoais individual (2,28%). As outras modalidades de seguros somaram 0,26% do total de prêmios de seguros. Em relação a sinistros retidos (equivalente ao sinistro pago na integralidade, menos descontos de cosseguro cedido, resseguro cedido e outros descontos, mais retrocessão aceita), as seguradoras pagaram, no primeiro quadrimestre de 2007, R$ 1,262 bilhão, o que representa uma queda de 1,43% na comparação com o primeiro quadrimestre de 2006, quando foram pagos R$ 1,281 bilhão em sinistros. A maior alta veio dos P.C.H.V, com 1.036,68%, seguido pelos seguros turísticos, ou de viagem, com 147,81%. Enquanto os P.C.H.V pagaram em sinistros R$ 891,33 no primeiro quadrimestre de 2006, o volume a ser pago de sinistros nessa modalidade de seguros passou para R$ 10,1 mil. Já os seguros turísticos geraram R$ 813,1 mil de sinistros no primeiro quadrimestre de 2006, contra R$ 2,015 milhão no mesmo período de 2007. Outros ramos que tiveram alta nos sinistros retidos foram os seguros de vida individual e os prestamistas. Na primeira modalidade, os sinistros retidos passaram de R$ 27,7 milhões no primeiro quadrimestre de 2006 para R$ 41,9 milhões no primeiro quadrimestre de 2007, um salto de 50,89%. Já os sinistros retidos de seguros prestamistas cresceram 34,83% no mesmo período, passando de R$ 100,2 milhões para R$ 135,1 milhões em sinistros. Com 15,15% e 14,97% de crescimento dos sinistros, respectivamente, os seguros de cobertura de eventos aleatórios e acidentes pessoais individuais também tiveram um avanço considerável no quadrimestre. Os seguros de eventos aleatórios pagaram de sinistros retidos R$ 35,4 milhões no primeiro quadrimestre de 2006, enquanto que no primeiro quadrimestre de 2007 foram pagos R$ 40,8 milhões. Já os seguros de acidentes pessoais individuais pagaram R$ 27,9 milhões em sinistros retidos, contra R$ 24,3 milhões no primeiro quadrimestre de 2006. Em relação aos outros ramos de seguro de pessoas, houve queda nos seguintes ramos: acidentes pessoais coletivos (-4,43%), cujos sinistros retidos passaram de R$ 89,8 milhões no primeiro quadrimestre de 2006 para R$ 85,8 milhões no mesmo período de 2007. Os seguros de vida em grupo pagaram sinistros de R$ 998,2 milhões no primeiro quadrimestre de 2006, contra R$ 924,8 milhões no primeiro quadrimestre de 2007 (queda de 7,34%). Por fim, os seguros VG/APC tiveram uma queda de -38,97% nos sinistros retidos, passando de R$ 82,01 para R$ 50,05 entre o primeiro quadrimestre de 2006 e o mesmo período de 2007.
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