Apesar de ser destino de muitos turistas estrangeiros por festas conhecidas em todo o mundo, como o carnaval, e por suas praias paradisíacas, o Brasil é um lugar caro para se visitar. Em meados de 2011, com o dólar em baixa, passar uma semana em um resort no nordeste ou o mesmo período nos parques da Disney, em Orlando (Estados Unidos), custava o mesmo preço. Agora, mesmo com a moeda norte-americana chegando aos R$ 2,00, passeios a terras estrangeiras ainda compensam no bolso. Augusto Fontes, gerente de vendas da agência de viagens, conta que, mesmo depois da guinada do dólar, mais de 70% das viagens fechadas tinham como destino países estrangeiros. Segundo ele, 50% deste total referem-se a pacotes para os Estados Unidos, cerca de 30% para países da América Latina e 15% para países como Índia e África do Sul e apenas 5% para países da Europa. O gerente diz que passagens para o Nordeste do Brasil em alta temporada saem em torno de R$ 2.000,00 e que, por este preço, é possível agendar, com antecedência, um voo direto para Nova Iorque, nos EUA. “Isso sem falar em acomodações. Com o dinheiro gasto em uma semana em um resort no Brasil é possível pagar duas semanas em Orlando. Alimentação, transporte, passeios turísticos, é tudo muito caro no Brasil, por isso o turista brasileiro tem explorado outros destinos”, aponta.Já Caroline Nedelciu, coordenadora de atendimento, tem sentido diferença no fechamento de viagens com destinos internacionais. “Não é só o dólar, o euro também está muito caro. Ainda temos muita procura, mas menos fechamentos de viagens. Creio que o turista esteja esperando um pouco para ver se o preço da moeda volta a cair”, conta.
Um mundo de opções
Enquanto viagens para países com moedas fortes ficam de lado, Fontes afirma que destinos como América do Sul e países exóticos como África do Sul e Índia têm sido muito procurados. “O brasileiro, hoje, sabe que não existe apenas EUA e países da Europa para conhecer. O turista procura destinos baratos e interessantes. Uma família consegue passar um feriado na Argentina ou no Chile por uma média de US$ 1.000,00 por pessoa, com pacotes que incluem passagens, hotel com café da manhã e traslados. Esta mesma família jamais conseguiria um preço tão bom se fosse para o sul ou norte do Brasil. É uma diferença muito grande”, ressalta Fontes.Mariana Dias, gestora comercial, concorda. A gestora afirma que a procura por viagens internacionais tem sido grande e acredita que, ao comparar serviços e por conta da própria experiência, o exterior sempre compensa. “Uma viagem internacional sempre vale a pena. Se necessário, o cliente pode economizar na escolha do destino, da acomodação ou do número de noites. De qualquer forma, mesmo que saia pelo mesmo preço, viajar para um país estrangeiro em vez de passar férias no Brasil, significa ter a possibilidade de conhecer um lugar diferente, portanto, já vale o custo-benefício”comenta.
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