quinta-feira, junho 18, 2009

Partido já cogita acionar senador no Conselho de Ética

Presidido pela ex-senadora Heloísa Helena (AL), o PSOL cogita levar o presidente do Senado ao Conselho de Ética.A legenda reúne dados capazes de fundamentar uma representação por quebra do decoro parlamentar.Membro da Executiva Nacional do PSOL, o deputado Chico Alencar (RJ) disse ao blog que o partido “está fazendo uma análise bastante criteriosa”.Afirmou que não faria sentido apresentar uma representação que não tivesse “condições reais” de prosperar. Único senador do PSOL, José Nery (PA) subiu à tribuna na tarde desta quinta (18). Cobrou a elucidação das denuncias que assediam o Senado.Disse que os escândalos reclamam a punição dos culpados. Sejam eles quem forem –“servidor, senador ou membros da Mesa”.Ao final do discurso, Nery deixou claro que seu partido não exclui a hipótese de recorrer ao Conselho de Ética.Segundo Nery, o PSOL aguardará as providências que Sarney promete adotar na semana que vem. Repisou sugestões que apresentara na véspera. Entre elas a idéia de constituir uma comissão de senadores de todos os partidos. O grupo conduziria, num prazo de 30 dias, investigação de todas as mazelas do Senado –de irregularidades em contatos aos atos administrativos secretos, já contabilizados em 623.“A palavra está com a Mesa [diretora do Senado]. Ou nós fazemos o que temos de fazer ou a sociedade nos cobrará com juros e correção...”“...Não basta anunciar medidas paliativas e inconsistentes, que sobrevivem apenas até o próximo escândalo”.Repete-se com Sarney o que ocorrera com Renan Calheiros (PMDB-AL). Foi o PSOL a primeira legenda a investir contra Renan em 2007.Iniciada em fevereiro passado, a terceira presidência de Sarney no Senado encontra-se sob denúncias há quatro meses e meio.O escândalo que frequenta as manchetes no momento –o caso dos atos administrativos secretos—arrastou Sarney para o centro da fogueira.Parentes do senador –um neto e duas sobrinhas. Nesta quinta (18), foi pendurado nas manchetes um irmão de Sarney.Na última terça (16), em discurso de autodefesa, Sarney dissera que a crise é do Senado, não dele. Nos subterrâneos, ouvem-se críticas a Sarney em todas as legendas. O PSOL é a primeira que esboça a intenção de converter os reparos numa representação formal.

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