A notícia de que os destroços resgatados pelo governo brasileiro no Atlântico não pertenciam ao Airbus da Air France repercutiu no governo francês. O secretário de Transportes, Dominique Bussereau, disse ao jornal "Le Monde" que o principal objetivo agora é colocar as mãos nas caixas-pretas para definir as causas do acidente com o voo 447, desaparecido desde a noite de domingo quando fazia a rota Rio-Paris. Bussereau não culpou o governo brasileiro por ter afirmado que os destroços eram da aeronave e disse que Brasil e França são "parceiros na dor". Em uma entrevista à rádio francesa RTL, o secretário de Transportes disse que a revelação é uma "má notícia".- É evidentemente uma má notícia. Teríamos preferido que fosse do avião e que tivéssemos informações - disse Bussereau.- Os brasileiros estão aportando uma ajuda de grande valor. Não é o caso de criticar aquelas e aqueles que estão conosco irmanados na dor - disse o secretário. Leia mais em Voo 447: ministro francês não culpa Brasil por divulgação errada sobre destroços do Airbus da Air France (Comentário) : O ministro Nelson Jobim, da Defesa, a essa hora deve estar querendo comer o fígado do Comandante da Aeronáutica que o levou a protagonizar o vexame internacional de anunciar o que de fato jamais acontecera - a localização dos primeiros destroços do avião da Air France.Vocês lembram de Jobim, professoral, dando a notícia em entrevista coletiva transmitida ao vivo pela televisão, e apontando com a ajuda de uma vareta o exato local onde o avião caiu sobre o Atlântico? Ele foi além: descartou a hipótese de que o avião tivesse explodido no ar.Tudo indica que a mancha de óleo de 22 quilômetros, fotografada pela FAB, nada tinha a ver com o avião. O que resgata a hipótese de que ele possa, sim, ter se desintegrado no ar. A FAB confundiu uma boia comum com uma boia ou bote do avião. E viu uma poltrona onde não havia poltrona.O vexame da dupla Jobim-FAB ofuscou o vexame dado por Lula. Ele estava em El Salvador quando soube do desaparecimento do avião. Poderia ter assistido a posse do presidente de lá e, em seguida, cancelado o resto da viagem e voltado para prestar solidariedade aos parentes dos passageiros. Não o fez.Avisou que tentaria chegar a tempo de participar da primeira missa no Rio, celebrada ontem, em homenagem às vítimas do acidentes. Chegou, mas estava cansado. Disse então que estaria em outra missa - essa, celebrada hoje. Não esteve.Desconfio - mas só desconfio - que ele faltou à segunda missa para não ter que responder a perguntas sobre o fiasco dos escombros do avião que não eram escombros. Ou vai ver que ele, que nunca se meteu em CPI, deve estar ocupado com a escalação dos integrantes da CPI da Petrobras.) Ronseg, corretora de seguros (69) 3222-0742.
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